MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
face da morte - a vingança
O tempo passa o sol se esconde e a lua não vem, terça feira muita chuva tá embaçado pra sair, tá muito cedo pra dormir, no quarto da empregada um tesouro esta guardado, uma virgem treze anos um tremendo mulherão,
Isca fácil, presa fácil para o filho do patrão, um playboy folgado só da valor ao bmw que o pai lhe deu,resolveu tirar o atraso com aquela inocente, maria veio de outro estado, ninguém tá do seu lado, sem família, educação, sem escola sem um lar, dependia do emprego o fulano abriu a porta ela começa a reza, por favor me deixa em paz tinha um sonho de se casar ter seus filhos e seu lar, ele manda ela se calar, diz que no final ainda vai gostar, violentou-a sem dó seus sonhos viraram pó, não podia reclamar tinha medo de perder o emprego,passado algum tempo resultado é evidente sua barriga cresce e a verdade aparece, o patrão diz maria pega essa grana e vê se desaparece, atitude normal pra nós é muito natural vê rico dando esmola como se fosse hora extra, nem pensou na consequência o filho que vai nascer, na rua sem assistência maria agora esta só sem auxílio ou clemência, deixa rolar o mundo gira até as pedras podem se encontrar.
Não, não chores mais
Menina não chore assim
Não, não chores mais
Procure a Deus seu
Verdadeiro pai (2x)
Faz sete anos que o moleque nasceu, pela idade é normal ir pra escola e tal, já no primeiro intervalo a brincadeira no pátio era polícia e ladrão, agora tente adivinhar de que lado ele está, lá na favela não existe empresário pra ele se espelhar, a polícia vai lá somente pra matar, só vê miséria, tristeza e lamentos, nem se contrasta com os carros importados que descem na quebrada, é sabadão e os butecos estão todos lotados, ele vê uma cena que o deixa chocado, o pai tomando uma cerva com o filho do lado, ele não se conforma, não sabe quem é seu pai só tem a mãe
E mais nada, que aliás vive ausente e se tornou dependente do famoso mesclado, não muito longe dali 6 tiros são disparados, dois corpos são encontrados, mas uma vez se revolta com tudo a sua volta, na madrugada ele ainda está em claro, ouvi um barulho de carro, sua mãe chega em casa vinda da balada, bem louca não diz nada, abriu a porta e desbundou parece um filme de terror mas é a pura realidade, talvez dura demais para um muleque dessa idade, agora já é tarde, conselhos não adiantam não matam sua fome, ele prefere a cola, não quer saber de escola, entrar pro mundo do crime virou sua obssessão, começou como avião, moleque é sangue bom, se enrola, segura a bronca, num kagueta o patrão com doze anos de idade ganhou o primeiro oitão.
Não, não chore mais
Menina não chore assim
Não, não chore mais
Procure a deus seu
Verdadeiro pai (2x)
Rápido como disparo, passou do 12 ao 57 com menos de dezessete, ele já estava legal, deu uma força pra mãe se libertar do vício, comprou sua própria caranga, tem uma mina ponta firme é respeitada no crime, 157 nervoso o mano é linha de frente, já derrubou muita gente pra se levantar, a noite cai a luz acaba ele começa a pensar, lembranças boas, seu raciocínio é confuso, ele se lembra do pai, o ódio que ele carrega, um fardo muito pesado, mais uma vez se revolta com tudo a sua volta, mas tem um pressentimento, que está perto o momento de sua vingança, ao meio dia, horário marcado, plano bolado, vigia emquadrado, abriu a porta do escritório, engravatado atrás da mesa, parecia conhecê-lo más não tinha certeza, uma arma apontada para sua cabeça, o covarde abre o cofre tremendo igual vara verde, por favor não atire, eu acho que eu te conheço, o mano olha bem pra ele e tem a mesma impressão, engravatado pergunta se sua mãe é maria, ele responde que sim, pode levar o que quiser más não me mate eu sou seu pai, nem quero mais seu dinheiro seu sangue e meu pagamento,
Vou cumprir meu juramento e vingar minha mãe, sete tiros são disparados com uma cano de 8 polegadas calibres 357, foram cinco na cabeça e mais dois no peito, o serviço está feito, ele chega em casa chama a mãe e diz: mãe, guarde essas armas pra mim com elas eu não preciso mais atirar, pois o fulano que um dia te usou e nos abandonou eu acabei de matar!!
(Refrão 3x)
face da morte - 1 grama
Com 11 anos a vida começou a mudar
A minha mãe, meu pai deixou com ele fui morar
Com 12 anos na escola já me viciei
Com os manos que matavam aula eu embalei
Sempre que ia pro centro cortar o cabelo
Então peguei uma coleta com o barbeiro
Era quem descolada pra mim usa
Mas tinha que da um jeito pro vicio sustenta
Arrumei um esquema bom pra trampar
Nem tão suspeito de segurança particular
Mas não tinha jeito toda hora eu queria cheira
Mesmo trampando comecei a trafica
Eu vendia da preta pra pode a branca usa
Pra piora arrumei uma moto fria
Tava com os B.O em cima tinha chegado de dia
Experimentando pra vê se era do bom
Quando em minha nuca só encosta o oitão
Perdi dois cano a moto e a mercadoria
Mas trinquei a fiança no veneno só 3 dias
Acho que essa deve ser a minha luz
Acho que esse é o alerta de Jesus
Se Deus veio tocar meu coração
Na vida eu devo ter uma importante missão
REFRÃO (BIS)
O amor vai vencer a dor
O canhão vai perder pra flor
Toneladas de vingança
Anuladas por 1 grama de esperança
Então fui em busca do meu pai
Não tinha outro jeito mó "perrei"do caraio
Quando criança ele sempre me batia
Era o extinto né o veio era policia
Mas me impressionou me arrumou uma casa e um trampo
Já ta firmeza já deu pra garantir o rango
Primeiro mês de serviço no bar
Ai não resisti comecei de novo usar
Minha mulher também era desandada
Então o meu bar se transformou na boca da quebrada
Ela me ajudava passava e vendia
Pois era assim que a gente se mantinha
2 maço de cigarro 40 baseado
Veio a overdose em coma eu fui internado
Com apenas 20% do pulmão
Ai novamente o senhor derramou o seu perdão
Confuso e pensativo assim eu estou
Porque será que novamente me salvou
Mas uma coisa é certa nunca hei de duvidar
Quem acredita nele vida longa terá
REFRÃO (BIS)
O amor vai vencer a dor
O canhão vai perder pra flor
Toneladas de vingança
Anuladas por 1 grama de esperança
Eu fiz uma promessa e sei que vou cumprir
Eu vou retribuir tudo o que recebi
Pedir perdão pra quem eu magoei
Quem me feriu também perdoarei
97, 10 de dezembro tatuei na pele, como eu me lembro
Sai da cama tropeçando na esperança
Da mesma forma quando nasce uma criança
Meu filho veio chorando e me abraçou
Em meu ouvido bem baixinho falou
"Papai não faça isso nunca mais por favor"
"Eu e a mamãe precisamos do senhor"
Hoje me encontro totalmente recuperado
Perante Deus sei que fui perdoado
REFRÃO (BIS)
O amor vai vencer a dor
O canhão vai perder pra flor
Toneladas de vingança
Anuladas por 1 grama de esperança
face da morte - carruagem da morte
A carruagem de fogo começa a viajar
Você não pode ver não pode ao menos tocar
Na carruagem da morte todos vai ter que embarcar
O seu destino é incerto depende do condutor
Pode subir ao céu ou queimar eternamente
Fulano até que era gente
Mas conduziu muito mal
Pelo caminho do crime
O destino é sempre fatal
Caiu na cadeia então difícil acreditar
Quatro portões pra passar
O mano vai se fechar
Não adianta tentar
Não da pra escapar
Presídio de segurança máxima resumindo é assim
Guardas armados pra todos os lados
Calibres pesados são apontados
Pra sua cabeça noite e dia
E fora os cães de guarda
Treinados pra matar
A cerca elétrica então
É um abraço meu irmão
O sonho estava acabando
Pesadelo começando
O mano quase chorando
Chegou na porta do xis
Pediu licença pros manos
Posso morar aqui
Entrou de cabeça baixa
Não disse uma palavra
Fez um tempo de canto
Depois chegou num fulano
Já foi cerrando um cigarro
Não conhecia as leis
Na cadeia é assim nada é de graça
Ficou devendo neguinho cobra não tem perdão não
O mano estava selando seu destino sua sorte
Começou sua viagem na carruagem da morte
A noite veio o céu já veste seu ludo
Premeditando as desgraças
Que acontece na casa de detenção
Parece inferno mas não
Nem o demônio poderia ter seu reinado aqui
Na hora da cobrança o mano foi violado
Não teve idéia pra trocar
Pediu vai ter que pagar
Muita maldade espalhada
Por cada metro quadrado
Segura a onda quem pode
Quem não puder se sacode
Mais um dia vem
E a visita também
O mano mal consegue andar
Quase não pode falar
Ele começa a chorar
Ao ver a sua mãe
Vez lembrar sua infância
Desde criança sonhava em jogar futebol
E ser alguém na vida
Mas esse tempo passou
Como o horário de visita
Que já estava no fim
Na hora da despedida
A dor bateu mais forte
Quando seu mano lhe disse que iria pro pagode
O mano volta pro xis
Só ele e sua jega
Todos detentos no sol
Jogando um futebol
A essa altura o fato
Já havia se espalhado
Fulano tinha virado
A mãe de cela do xis
Quando pia no raio vai ser zuado sim
Ele brincou com a sorte
Agora segue viagem na carruagem da morte
Três meses de cadeia e nunca deu um role
Vivia sempre jogado largado estirado
Num canto da cela suja e fria
De dia era um mané de noite era maria
Noventa dias de cana
Não recebeu mais visita
Se transformou em um verme
Não se sentia mais homem
Só quero ser humano
E como todos tem o seu limite
Sua consciência pesou a parada é o seguinte
Hoje eu vou dar um role
Seja o que deus quiser
Logo na entrada do pátio
Já foi travado na idéia
Seu companheiro de cela
Ganhou o fato no ato
Já colou na parada e mandou o seu recado
Na Mãe de cela do meu xis ninguém vai por a mão
Já sacou uma faca se atracou com o gatuno
Só não sabia que o outro também estava armado
Facada pra cá e pra lá sangue jorrando pro alto
Quando pio no raio os homem da disciplina
Já caminharam pra cima e acabaram com a festa
Fulano pediu seguro e mudou de pavilhão
Logo em seguida meu irmão
Rebelião no presídio vários detentos fugindo
Fulano estava no meio
Passou o primeiro portão
Segundo também passou
Terceiro vá vem chegando
E a liberdade vem se aproximando
Mas de repente o incidente uma rajada nas costas
Ratatata e o mano para de sonhar
E sai como se fosse um baseado no fim
As marcas ficam nas pontas dos dedos
Mas essas marcas ficaram no seu corpo inteiro
Agora pensa e reflita não vá no embalo do crime
Se distancie das drogas pra não partir muito cedo
Na carruagem da morte
face da morte - a carta
Como vai meu velho camarada;
Quanto tempo eu não vejo mais você;
Conte sua vida, sua pena está carregada;
Não precisa nem mais nada me dizer;
Pra me dizer, Pra me dizer, Pra me dizer.
Mano aqui na rua é foda sem a sua presença;
Quadrilha de morte sente sua falta, sente sua ausência;
É doloroso, mas que nada todos estão ligados;
Que ter você como aliado é nosso privilégio;
O nosso mano Joaquim agora é evangélico;
E hora por você, não gosta de te ver nessa situação;
Perguntou da sua pessoa, sempre quis te ver numa boa;
Eu também, porém, infelizmente não depende da gente;
Sempre tem um cagueta pra atrasar nosso lado;
Sem contar com aquele que já foi pro espaço;
1, 2, 3, rastejou levou mais 3;
Aquela fita inesquecível necessária, mas eu digo;
Que sirva de exemplo, cagueta tem o seu tempo de vida limitado;
357, calibres nervosos com uma faca no pescoço;
Ele tremeu não adiantou, chorou, varou;
Fez buraco no asfalto, levou poeira pro alto;
Eu sei que você está lembrado, vamos deixar isto de lado;
Também me lembro do passado, eu e você lado á lado;
Nas brincadeiras de moleque, hoje você enquadrado;
Eu vou te ver no domingo.
(2x) Jogue suas mãos para o céu;
E agradeça se á caso tiver;
Alguém que você gostaria que;
Estivesse sempre num role;
Na rua com os manos, sossegado;
Não no distrito enquadrado;
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto distrito.
Nei não sei se você está ligado;
Nosso mano Vandão, aliado forte, sangue bom;
Infelizmente não está mais com a gente;
Eu sei que você se lembra e lembra muito bem;
De tantas festas, churrasco;
Como naquela da de 20 vermelha;
Idéia forte pra trocar não faltou, pode acreditar;
E aí fumaça sobe da grelha, a gente bebe á noite inteira;
É o rap é do pesado, bem selecionado;
Dj Vandão pode crer, ajudou o rap á crescer;
Em Hortolândia e Santo André pra ser mais preciso;
Que Deus o tenha em um bom lugar e por falar em churrasco;
No domingo passado teve um lá em casa;
Os manos todos reunidos curtindo, trocando uma idéia firmeza;
De repente a tristeza, enquanto a gente ta aqui á pampa tomando breja;
Você aí do outro lado, no veneno enquadrado e trancado;
Esperando á sentença em condições tão precárias;
A gente para e pensa, como isto pode acontecer;
Uma cadeia preparada para vinte e quatro detentos;
204 no total, 160 no relento;
Sem um teto para se proteger, chuva e sol na cabeça;
Passa tempo na cadeia é treta de lampiana, pancada na costela;
Eu sei que você tem a sua bem afiada debaixo da jéga.
(2x) Jogue suas mãos para o céu;
E agradeça se á caso tiver;
Alguém que você gostaria que;
Estivesse sempre num role;
Na rua com os manos, sossegado;
Não no distrito enquadrado;
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto distrito.
Nei eu to ligado que você ta carregado;
Um monte de homicídio, uma par de latrocínio;
Se for pensar tem uns 300 anos de cadeia pra tirar;
Você deve pensar que tudo está perdido, tanto faz morto ou vivo;
Mas não, vê se não faz sentido;
Ter seu pivete no carro esperando por você;
Sua mina também tenho certeza que quer te ver outra vez;
Chegando em casa sossegado, tomando uma breja no quintal;
Curtindo o Face da Morte, aqui é Aliado G seu aliado forte;
Mandando um toque que nosso próximo LP está perto de sair;
E se pipa vai ser um rap em sua homenagem;
E a gente espera que em breve você esteja na rua;
Pra ir com a gente no show como antigamente;
Na época do diplomata, você tinha aquele preto eu tinha aquele prata;
A gente subia ás seis pegava o Osmar e o Flagrante;
Depois passava no seu barraco e repartia a carga, saia pra balada;
Tenha fé em Deus, pense positivo;
A gente vai se despedindo e manda um salve pros manos;
Pros manos do quinto, aí Nei fique em paz, mano, fique na paz de Deus.
(2x) Jogue suas mãos para o céu;
E agradeça se á caso tiver;
Alguém que você gostaria que;
Estivesse sempre num role;
Na rua com os manos, sossegado;
Não no distrito enquadrado;
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto distrito.
Face da Morte agradece de coração á presença do mano Beto Maia;
E também ao nosso mano Osmar e Flagrante do Ato Criminal;
Um abraço á todos você que estão do outro lado da muralha;
Que como o nosso Mano Nei tem muita gente esperando seu alvará de soltura;
Mas que nada mano, fé em Deus que você consegue. PAZ.
face da morte - televisão
Brasil anos 60 eles diziam
"bola pra frente não desista não não!"
Mas mataram estudantes
Proibiram o acesso as estantes
Nas ruas tantes ignorantes
A cabeça do povo murchou
Bomba de efeito retardado pertado pesado
Só agora estourou e quem lucrou? eu não!
Vou caminhando cantando e seguindo a canção
De domingão a domingão segue a culturação
Processo de alienação através da televisão
E aí faustão! quem sabe faz ao vivo!
Motivo pra eu dar um role na área
Junto com a rapaziada
Não vou perder o domingo vendo vídeo cacetada!
Junto com a mídia na mira realidade me inspira
Sou rapper do interior nem por isso inferior
Não tenho trava na fala aliado g nunca se cala!
Conheço um cara seu sobrenome é massa
Foi eleito deputado e não lutou pelas massas
Votou a favor do collor traidor da nação!
Agora na televisão quer dar uma de santinho
Não vou dizer seu nome ele é patrão do xaropinho
Rotulado como defensor do pobre
Na verdade o que interessa são os pontos no ibope
Cascalho caralho! faz o povo de otário!
Não me engano eu não sou bobo
Sou rapper da rede povo
Não queremos sua pena de sua gente não precisa
Brasileiro não tem preguiça quer oportunidade
Através do trabalho alcançar a qualidade de vida
Que é negada pra nós periferia esquecida
Desacredita? então pague pra ver
Enquanto você assiste à televisão
Vou caminhando catando e seguindo a canção
Vem vamos embora! que esperar não é saber
Que sabe faz a hora não espera acontecer
E a hebe que gracinha já passou dos sessentinha
Com espírito de mocinha à mim você não ilude
Apoia o paulo maluf que faz singapura fartura
Faz pitta que não apita nada!
Permite a máfia dos fiscais o povo não aguenta mais
Esse papo de "rouba mas faz"
Nem a pau nem fudendo não bebo "suave veneno"
Agora "note e anote"
Que a tv é um "leão livre" sempre pronto pro bote!
Não to andando nas nuvens mantenho os meus pés no chão!
Na minha opinião fantástico é ver a luta do mst
Sol a sol dia a dia em prol da cidadania
É o lado bom que ela não mostra
Agora tem outra novela com o nome de terra nostra
Mais uma bosta!
Doutor roberto marinho tem a receita perfeita
Um analgésico fatal áudio visual!
Vejo uma dose diária de jornal nacional
A impressão que se tem é que o mundo inteiro vai mal
Mas o brasil tá normal sobre o controle remoto do fmi
Gente que nunca veio aqui pra saber o que é sofrer
Não imagina o que é isso mas é razão e motivo de eu ver
Criança abandonada querendo sobreviver
De pé no chão garimpando no lixão
Que é pra não morrer de fome quando acha um danone
Olha pro céu azul agradece a deus
Disputa com o urubu
Pelo estoque vencido que veio do carrefu
Enquanto você assiste à televisão
Vou caminhando catando e seguindo a canção
Dona maria lava a roupa e lota a vassoura
Recupera as energia assistindo "a usurpadora"
Já criou suas crianças
As 5 da manhã ela abre as portas da esperança
Do barraco de aluguel
Sua vida não é doce é amarga como um fel
Ficou doente faltou grana pra pagar a mensalidade
Do carnê de mercadorias do baú da felicidade
Cada vez mais doente fez promessa pro seu santo
O prejuízo dela é o lucro do silvio santos
Isso é o que eu chamo de "golpe do baú" vai tomar nogugu!
Tem o domingo legal um programinha banal
Só tá faltando aparecer cena de sexo anal
Meninas de 5 anos ralando a tcheca normal
Dá audiência aquela porra toda
O povão tá gostando então se foda!
Mas chega a segunda-feira e você cai na real
Mete a mão no bolso vê que não tem 1 real
Procura emprego e não acha alguns se entregam a cachaça
Outros não então a maioria se acomoda
E não se incomoda com a situação
Escravo da televisão e é desse jeito que eles querem
O povo na maresia e segue a dominação
Da minoria sobre a maioria
O mundo gira e gira o mundo
E só a gente leva bucha
Mas logo é domingo dia de planeta xuxa
Eleições vem aí você decide
Se vale a pena ver denovo
Outro fernando ou ciro gomes fabricado pela globo
Enquanto você assiste à televisão
Vou caminhando catando e seguindo a canção
Com seus rostos maquiados sorrisos forçados
Programas ao vivo ou gravados
Eles são os serviçais do poder
Fazem um jogo sujo e esbanjam você
Qual o significado?
Sasha e seu quarto de 130 metros quadrados!
Hebe camargo perguntava em seu programa
Porque todo pobre tem calcanhar rachado
Aqui vai a resposta
Por outro lado o que importa é o cascalho
1 milhão de reais por mês de salário
O que você recebe por ano eles faturam por hora
Eles são "os ricos que o meu povo adora"
face da morte - tatico cinza
Vem na moral dobrando a esquina
Farol apagado cano pra fora
Dobrando a esquina
No meio da neblina
No meio da rua
QSL tático móvel na captura
Adiaçonado
Retrato falado
Suspeito sou eu na mira de um tático
Com ferro ou papel
Na ocasião cada vez mais perto
Acelera meu coração
Com flagrante ou sem flagrante
Se "pah" ta limpo
Na madrugada pra policia todo mundo é bandido
É cada vez mais chegando devagar
Só eu no alvo eu na mira eu no radar
Me lembro rapidamente da favela
Daquelas cenas que assisti no cidade alerta
O camburão colando e metendo bala
As portas batendo
Os corpos no chão furados na bala
As pessoas assustadas no local
Assassinato de quebrada natural
Periferia de ponta a ponta sabe
Fato polemico real sem disfarce
A minha historia não tem no dicionário Aurélio
O pingo é letra pra macaco velho
Vai entender ladrão a minha língua
No meio da neblina o tático cinza
(refrão)
Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Sinto o medo no momento me dominando
O desespero cada vez mais me seqüestrando
A marca se aproximando, chegando perto
Meu corpo agonizando a um paço do inferno
Você não é ninguém
Você não é nada
Sem Deus com você o seu anjo da guarda
Eu aqui parado cada vez mais tenso
Coração acelerado
As pernas tremendo
Três elementos, no mínimo quatro
Se "pah" assassino rosto encapuzado
Farol apagado, na minha direção
Uma matraca e uma 12 de repertição
Penso comigo fudeu, já era
Mais um corpo pra de baixo da terra
Mais uma alma saindo de um corpo
Mais um jovem brasileiro morto
É, fazer o que já não conto mais com a sorte
No pensamento é Deus e São Jorge
Guerreiro protetor que me acompanha
Eu vejo o tático chegando na campana
Bem na moral fazendo a curva
Silencioso todo apagado na captura
De quebrada na madrugada
Sou eu na mira
No meio da neblina
É o tatico cinza
(refrão)
Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Será meu deus que eu vou morrer dessa forma
Morto por tiros
Meu sangue pra fora
Não vou correr
Não vai adiantar
Eu to sentindo a morte vindo me buscar
Lembro da minha mãe dizendo pra mim
Que deus te abençoe meu filho e que você seja feliz
Lembro de uma "pah" de mano guardado
Salve, salve Faxina, Renato
A minha mente dispara
O coração acelera
Já to imaginando o caixão e as velas acesas
O necrotério lotado varias pessoas chorando
E os comentários
?Foi a policia, foi a policia aqueles filhos da puta de farda cinza?
Tudo isso eu penso eu frações de segundos
Mas com certeza eu sei
Sou mais um defunto
Ele vem, bem devagar e na maldade
Lá dentro tem uma rapa de covarde
Eu to escutando um barulho conhecido
?Clack clack? tipo assim
Mais ou menos de gatilho
Meu moleque vai chorar
E vai ser foda
Quando ele olhar o meu corpo descendo na cova
Que sufoco
Parece pesadelo
Não sou o ultimo e nem o primeiro
Não vejo a placa nem o prefixo
Só o farol brilhando meu crucifixo
De repente eu escuto uma voz bem seca
Deitado no chão filho da puta mão na cabeça
Há...
O final é esse daí você já sabe, mais um jovem morto pelos covardes
(refrão)
Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral dobrando a esquina
É o Tático cinza, o Tático cinza
Bem na moral no meio da neblina
É o Tático cinza, o Tático cinzas
face da morte - mudar o mundo
Adriano tem muita gente q diz que impossível...
Mas eu acredito sempre q mudar o mundo é possível sim... (parte
Em inglês).
Mudar o mundo é impossível é o q a maioria diz
Engole a dor engole o ódio e tenta ser feliz
Muitas vezes já pensei sinceramente em desistir
Nessas idas e vindas da minha vida... certo dia numa esquina
Fui separar uma briga dois moleques de rua
Roupa velha toda suja naquela calçada imunda
Retrato do descaso produto da miséria
O clima se acalmou e nos trocamos uma idéia
No final perguntaram quem eu era...
Sou aliado g do grupo face da morte
Graças a deus eu tenho família eu tive outra sorte
E o moleque canto um trecho do tatico cinza
E perguntou pra mim você já fez show lá em brasília?
Eu respondi que sim... ele todo sorridente
Então quando voltá-la leva um recado ao presidente
Pra não deixar mais a policia vir aqui bater na gente
Mandar comida pro sertão que o povo tá passando fome
Aqui a gente se vira roubando bolsa de madame então...
Vi os olhos deles brilhar
Mesmo sem ter um lugar pro coitado se abrigar
Do frio e da chuva apesar
De sua coberta ser a lua ele é o futuro da nação
É a esperança deitada numa cama de papelão
Que divide a calçada com os vira-latas
Que atravessa as madrugadas geladas e tem amor no coração
E ainda pensa na fome dos irmãos do sertão
Infelizmente essa é sua rotina
Desse jeito leva a vida ate a próxima chacina
Ele é apenas mais um que o imperialismo extermina
É por essa e outras que não posso parar
Preciso continuar minha luta contra isso
Já sei qual o caminho
Já conheço o inimigo
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Mas não posso me cansar porque não tenho esse direito!
?refrão: eu não posso me cansar, porque não tenho esse
Direito.?
(fala) ninguém aqui tem esse direito, sabe porque? nós temos
Esse momento aqui porque algum dia brasileiros foram as ruas e
Lutaram e protestaram o povo derrubou a ditadura o povo já tirou
Até presidente porque não mudar o mundo? meu parceiro ?aliado g?
Tem alguma coisa a falar do residente...ai ?aliado g? o povo quer
Saber maluco fala um pouco ai desse cara...
Eu acho que realmente o presidente acha que o povo passa fome só
De sacanagem só pra derrubar sua popularidade realmente ele é
Um
Covarde!
Quando cabral chegou e gritou ?terra a vista...? puta que pariu
Hoje é a prazo que ele vende o brasil!
Às vezes eu paro e reparo e começo a pensar refletir sobre essa
Guerra e analisar os fatores dos geradores da miséria não tem
Como não esbarrar na questão agrária uma senhora certa vez me
Perguntou se eu era a favor dos sem terras... eu acho que eles
Agem errado né...
Quem tem dinheiro não conhece o desespero que existe por ai tipo
Lá no
Piauí do Oiapoc ao Chui... é fácil para julgar... quero ver a
Senhora ficar três dias sem comer sua barriga vai roncar ai vai
Ser outro barulho que vai te incomodar... você morre de fome ou
Vai roubar!
De repente se pá vai tirar sua bunda gorda do sofá vai correr
Junto dos caras para também se manifestar...
Me desculpe sangue bom eu preciso desabafar... minha tristeza
Minhas dores eu consigo extravasar através das lágrimas... até
Mesmo num sorriso o que eu carrego comigo são as dores dos
Outros disposição até o osso não me falta pra lutar!
Não sou exagerado por pensar desse jeito
Sou um doido sonhador que busca um mundo perfeito
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Más... eu não posso me cansar porque não tenho esse direito...
Eu não tenho esse direito!
(fala) um país onde o aposentado é chamado de vagabundo, aonde
Pessoas querem somente um pedaço de chão pra trabalhar
Infelizmente é assim é o brasil!
Pra onde a nossa nação vai?
Pra onde o nosso país vai?
Aí ?aliado g? fala um pouquinho ai...
Será q alguém pode me esclarecer o que se faz com um bilhão q um
Milhão não possa fazer? só pode ser... essa ganância elitista...
Somos o maior país da america latina!
Más fazemos tudo errado somos o maior e temos o menor salário.
A américa do norte quando libertou os escravos ainda deixou 40
Alqueires e uma mula aos humilhados.
Más por aqui como sempre a ganância vem primeiro!
Rapidinho... rapidinho aprovaram a lei vergueiro para fuder como
Os poceiros garantindo a terra título e não pela ocupação
Aí libertaram os escravos e jogaram na miséria, criando assim
Nossos primeiros sem terras!
Onde um dia foi quilombo hoje em dia é favela
Estabelecida sobre a terra, maia abaixo da miséria infelizmente
É o que sobrou pra nossa gente...
Para mim a favela é um acampamento permanente q ainda não se
Organizou politicamente francamente é um absurdo vê o povo
Vivendo a beira de tudo e não ter acesso a nada vivendo em meio
Às cruzes à beira da estrada movimentada por onde passa quem tem
A onde ir não sei como mesmo assim encontram forças pra sorrir...
São brasileiros tanto quanto eu e você
Só querem terra pra plantar o que comer
São puxadores de inchada q infelizmente não tem papa seu moço
Se deus não tiver dó amanhã não tem almoço
É impossível ver isso tudo e me fingir de cego e surdo
Sozinho é impossível então vamos todos juntos
Se cada um de nos fizer sua parte
A gente muda esse mundo
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Más não posso me cansar porque não tenho esse direito!
face da morte - mundo livre
O sol raio vamos cantar juntos, vamos dar as mãos
O sol raio unidas periferias num só coração
Da licença truta aqui é o rap não o crime
Não vim trocar tiro, vim falar de um mundo livre
Guarde sua maldade, descanse seu calibre
É tudo nosso irmandade, nós somos do mesmo time
Sempre usei a rima de maneira positiva
Não vai ser agora que eu vou trocar de camisa
Sempre tive um sonho essa é minha obsessão
Ver o amor vencendo a guerra e a flor o canhão
Num so amor tudo, tudo igualdade, eu peço na humildade é o
fim da vaidade
Imagina só como seria diferente se Adão e Eva não ouvissem a
serpente
Sem derrotado e sem vencedor
Sem explorado e sem explorador
Um coral de anjos, serafins, querobins tocando harpa o dia
inteiro pra vocês e pra mim
Cê deve tar pensando Aliado G ta locão, mas o mestre citou se todos
derem as mãos,
ai o barato fica louco e ninguém saca das armas, a vida ia ser
doce como um conto de fadas
Refrão(2x)
O sol raio vamos cantar juntos, vamos dar as mãos
O sol raio unidas periferias num só coração
Óh poetas do passado ilumina em meu presente
Que meus versos sejam sempre firmes, fortes, conscientes
Alquimistas do saber de quem tou muito a quem, transformem minha
canção num vírus que
espalhe o bem
Carro, dinheiro, sexo...preconceito, ódio, inveja, paz do
desespero
Um só amor, um só coração
Me chamem de louco, mas é meu sonho, né não
Pare pra pensar sem stress pura calma, todos são de carne e
osso, morre o corpo e fica a alma
Até quando valorizar, vaidade mais valia
Se esse jogo tem juiz apite o fim dessa partida
Olhos irmão já vi de várias cores
Olhos vermelhos e espelhos de minhas dores de um passado bem
recente o poeta citou que
conheceu a verdade e ela o libertou
Deixe a cor dos olhos superar a cor da pele prevalecendo a
igualdade, a liberdade resplandece
Minha canção é um grito de esperança a terra desce
Seja justo hoje que o amanhã a Deus pertence
Refrão(2x)
O sol raio vamos cantar juntos, vamos dar as mãos
O sol raio unidas periferias num só coração
Quantas balas de Ak, quantos traçantes no ar, quantos carros
da preserva R15 vai parar
Não podemos esperar simplesmente parazitar até a ultima trombeta
do arcanjo ecoar
Talvez seja tarde pra livrar seu irmão da grade, pra te libertar
do crak, pra dar fuga do DENARC
Quantos mais vão precisar se perder pra se encontrar
Quantas lágrimas no rosto dos humildes vão rolar
Cabeças decepar, quantas vidas dizimar
Quantas perguntas sem respostas o vento ira soprar
Pode me tirar, pode me chamar de doido não sou, mas que ninguém,
nem o tonto e nem o Zorro
eu sei o barato louco nas cadeias, nos morros na hora da ação só
reage quem é louco
Coçou levou pipoco, foi pra casa sem pescoço
O homem a deriva navega no desgosto, mas quem é verdadeiro não se
entrega jamais, calça
a sandália da humildade e veste o manto da paz
Estenda a mão pois não será em vão
Todos juntos num amor e num só coração
Refrão(2x)
O sol raio vamos cantar juntos, vamos dar as mãos
O sol raio unidas periferias num só coração...
Refrão(2x)
O sol raio vamos cantar juntos, vamos dar as mãos
O sol raio unidas periferias num só coração...
face da morte - lado b da farda
Dizem que o preto é pior, mas o branco não se salva;
Não importa, tanto faz quando usam uma farda;
Lagartinhos do sistema é isso que eles são;
Não compreendem que estão na mesma situação;
Não são da classe alta, não são ricos, nada disso;
São gente pobre igual á nós, só não entendeu isso;
Quem emprega eles é o mesmo que explora;
A mim, á você e mesmo assim se condecora;
Quando vão entender que estão matando gente deles;
Quanto tiram a farda se tornam igual á eles;
Moradores periféricos, baixos salários;
Mas quando vestem a farda pensam que são o Diabo;
Somente Deus pra iluminar esses pobres coitados;
Entender que também são um bando de explorados;
Eu não quero guerra, muito pelo contrário;
Só quero que entendam que estamos no mesmo barco;
Discriminação é a principal característica;
Se tiver de roupa larga é o preferido na batida;
Se for negro então danou o resto ó;
Inocente ou não apanhará sem remédio.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.
Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, clack, é o Diabo que desfila na rua;
A viatura ta chegando, a molecada sai correndo;
Com medo de apanhar, já conhecem o veneno;
Conseguem se tornar inimigos do povo;
Devido á sua conduta pensam que tratam de porco;
Deixou de ser autoridade, se tornou humilhação;
Pode ser trabalhador e é tratado igual ladrão;
Em pensar que essa raça já mandou no Brasil;
Graças á Deus não manda mais, então vai pra puta que o pariu;
Não consegue nem mesmo exercer sua profissão;
E ainda quer mandar na gente, quem eles pensam que são;
Se só cumprissem a lei ficaria tudo bem;
Mas eles pensam que tem algum poder do além;
Não é bem por aí, somos todos iguais;
A diferença é que vocês têm que manter a paz;
Eu sei que ninguém é santo, existem vários homicidas;
Mas não lhe dá o direito de tirarem tantas vidas;
Eu dou risada de vocês que são filmados;
Pela câmera de Deus por quem serão julgados.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.
Preconceito estampado eles têm na cara;
Se julgam o rei da selva em gestão na quebrada;
Mas se o pau está quebrando então cadê você;
Falta periculosidade ninguém ta na QAP;
Mas eu sei muito bem aonde devem estar;
Num lugarzinho especial onde costumam freqüentar;
Ao cair da noite demorou de colar;
Se fosse vinte e quatro horas não saiam de lá;
A casa da luz vermelha é o local preferido;
Pouco importa se o dono é traficante ou bandido;
Já não paga pra entrar e come as minas de graça;
É melhor que estar na rua com risco de levar bala;
Conheço uma fita há muito engraçada;
Qualquer um que escuta já cai na risada;
Pode acreditar que esta fita é quente;
Pois quem me contou foi um amigo do tenente;
Um truta dele de zona trousse as minas pra trampar;
Lá de Santa Catarina, dez mulheres pra ripar;
Os fardas foi lá e molharam o biscoito;
Das dez que ele trouxe se casaram com oito.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.
face da morte - o crime
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo;
Não tenho trava na fala, Aliado G nunca se cala;
Face da Morte não deixa falha, garante o que fala mano;
Chega trincando com idéia pesada;
Só som de responsa sem papo furado;
Não é pra playboy viado ouvir e rebolar;
Pro mano interado, consciente, firmeza, ouvir, parar, refletir e pensar;
Na luta que eu vou citar, outra versão penal o tema;
Naquela favela com nome de Santo, a quebrada de lá é problema;
Detritos humanos, restos mortais são encontrados em canaviais;
O cemitério dos Amarais já não agüenta mais;
É o resultado da guerra entre quadrilhas rivais, ladrões e policiais;
É natural pra mim, é cotidiano, estou nesse meio desde os 7 anos;
Atualmente aos 21 tenho visto muita coisa em comum;
Do tipo que era considerado como aliado e ladrão;
Tava andando na cadeia e tornou-se um vacilão;
Desandando, não ta segurando a sua bronca, ta caguetando os irmãos;
É embaçado.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Uma par de 157 na sua ficha, ele era o bicho;
Considerado e respeitado em qualquer banca de ladrão;
Primeiro presente que ganhou do pai foi um oitão refrigerado;
Niquelado e uma doze de cano cerrado;
Ladrão por herança, desde criança acostumado com o comando do crime;
Troca de tiro na favela, perseguição pela viela;
Fica de pé quem tem mais perícia, nem sempre é a polícia;
Homicida, latrocida, maluco ninguém desacredita;
Não pensa duas vezes, saca o calibre e aperta seis vezes;
Se pá vai recarregar o refrigerado ou niquelado;
Não falha, não deixa á desejar, só pra você se ligar;
Vou te citar uma fita, muito errada, muito esquisita;
Oito e meia da noite vamos sair pro assalto;
Piloto no avião, quadrilha de sangue bom;
Um ritual que se repetia quase todo o dia;
Ninguém sabia que aquele seria diferente;
Ninguém sabia que aquele seria diferente.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Pararam e enquadraram mais uma vez, a quadrilha fez e desfez;
Fuga ligeira como sempre, um CORSA, um VERONE e uma 350;
Á poucos quilômetros dali o comando da polícia;
A fita foi caguetada, se liga rapaziada;
Vamos furar o cerco, sentar o dedo sem medo, agora é tudo ou nada;
Passaram no meio do comando, naquela troca de rajada;
Por incrível que pareça ninguém saiu machucado;
Quadrilha de morte mais uma vez com o plano rápido executado;
Mas de repente um incidente, outro comando logo á frente;
Aquele mano cai no mato com seu oitão niquelado e sua doze de cano cerrado;
Naquele momento seu pensamento era matar ou morrer, se entregar jamais;
O barulho das sirenes eram ensurdecedor;
Os latidos dos cachorros mais pareciam gritos de horror, são gritos de horror.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Do seu lado não tem mais ninguém, só os calibres e algumas mexas;
Se lembrou das conversas que tinha com seu pai;
Quando criança esperança de um dia ser alguém;
Mas aos 10 anos já estava dentro da FEBÉM;
Reformatório que nada, era uma prisão pra moleques;
Só estraga os pivetes, era o colégio do crime;
Dane-se o resto a vida passou como um flash;
Agora o mato está cercado por todos os lados;
Primeiro se aproximou, ele sacou pow, pow;
Já derrubou, saiu no pinote, choveu polícia na cola;
Levou uma bala nas costas, caiu com a boca sangrando;
Mas como diz o ditado, vaso ruim não quebra;
Foi enquadrado e levado pro distrito interrogado;
Não segurou sua bronca, ta de hora extra no mundo;
Agora só resta saber onde o fulano vai morrer;
Na cela ou na viela, a voz da favela comanda a justiça;
Esperam te ver em liberdade pra morrer aqui na rua;
É, safado, pilantra, já era quebrou a lei da favela.
Quem quebra a lei da favela é o seguinte;
Leva tapa na boca e tiro na testa;
Idéia do Face da Morte para aqueles caguetas;
Língua de tamanduá como dizia o outro lá;
Aí aquele abraço irmão, Face da Morte, paz.
face da morte - quatro manos
Periferia das grandes cidades, palco das maldades;
Refúgio pra quem chega de outros estados;
Estão isolados do eixo Rio e São Paulo;
Quem olha de fora acha que ganha dinheiro;
Em qualquer lugar e á qualquer hora, não é bem assim;
Olhe pra mim, são palavras que batem forte no seu coração;
Principalmente se você se enquadra na questão;
Dezembro de 81 aconteceu a invasão;
Uma área vazia não tinha dono não,
Está constituída mais uma favela;
No ano seguinte apareceu o primeiro traficante,
Era o Celsinho sempre helegante;
Cordões de ouro, camisa de seda, uma beleza;
Pra molecada era o anjo da guarda, era o espelho;
E os quatros manos seguiam a isca, todos os seus conselhos;
Foram crescendo e a coisa foi mudando;
Primeiro fumando, segundo cheirando, terceiro injetando e quarto roubando;
É difícil pra mim contar isto assim;
Mas espero que sirva de exemplo pra quem está no caminho errado;
Ainda é tempo de voltar para o outro lado.
(2x) A história de quatro manos agora nós vamos contar;
A história de quatro manos agora nós vamos contar;
Quando criança só pensava em ser bandido.
É domingão que maravilha;
E a playboyzada rodando de carro no bairro vizinho;
Curtindo altas minas, mas na favela a história é diferente;
Não tem piscina, pelo contrário, tem um boteco á cada esquina;
É o cenário ideal pra mais uma chacina;
Dar um role na favela, pode crer, é diversão;
Para os otários fardados cinzas que estavam de plantão;
O camburão parou em frente ao bar;
Essa é a hora em que o filho chora e a mãe não vê;
Já foram logo enquadrando o Celsinho, é meu vizinho;
Gritou um dos manos, aí fulano, cala a boca senão vai junto;
Bem na ocasião, estava com o nariz em cima, não teve perdão;
Foi chamado pra cima, na presença de crianças;
Recém saídas do berço, o mais velho devia ter o que uns 13 anos;
O tal Celsinho foi levado de quebrada não muito longe;
Á uma quadra, ninguém saiu do bar e já ouviu os disparos;
Por calibres pesados foi derrubado, o tal Celsinho já era;
Naquele momento o juramento foi feito ali mesmo na porta do bar;
E os quatro manos resolveram cobrar a bronca do finado;
No chão esticado, tapa na cara, revólver na mão;
Pode crer que a coisa vai complicar;
Fulano que tiver de farda nenhum vai sobrar.
(2x) A história de quatro manos agora nós vamos contar;
A história de quatro manos agora nós vamos contar;
Quando criança só pensavam em ser bandidos.
Quatro mentes brilhantes pra nada interessantes;
Roubar e matar se tornou uma constante;
Trocar tiro com a polícia era coisa normal;
Infelizmente pra muita gente é difícil entender;
Mas tudo leva á crer que eu sou um pessimista de plantão;
Já deu pra perceber que a nossa história não vai ter final feliz;
Face da Morte e o rap é isso aí;
Falar a verdade somente a verdade e nada mais que a verdade;
No mundo do crime não, não, não existe piedade;
Á essa altura nossa fama já correu á cidade;
Por caridade e muita perícia;
Ameaça viva á quem tiver com a farda da polícia;
O camburão na favela já não entra mais;
Os calibres pesados agora do outro lado;
Metralhadora, armamento não falta, tem pra escolha;
E o patrimônio se estendeu, cresceu;
Será que isso tudo realmente valeu;
Agora estamos curtindo, nos divertindo;
E aquela vaga lembrança de alguns anos vividos;
Fulano que matou Celsinho até hoje está rindo.
(2x) A história de quatro manos agora nós vamos contar;
A história de quatro manos agora nós vamos contar;
Quando criança só pensavam em ser bandidos.
Talvez você nunca ouviu dizer;
Mas a polícia tem sua parte, tem seu dever;
E nesse dia eles vieram buscar;
Um vai na frente á paisana pra combinar, hora, lugar;
A reunião está marcada numa quebrada;
Marcada dá medo de olhar, dá medo até de lembrar;
Quando a polícia chegou já estavam por lá;
Um baseado cada um sossegado fumando tranqüilamente;
Esperando quando de repente um tipo estranho na frente;
Vem puxando o portão, então, vamos lá trocar uma idéia com esses ladrão;
Se não der nosso dinheiro então vai ficar pequeno;
O rosto era bem familiar não era desconhecido;
Pode crer ó, é esse aí o fulano é o pedido;
Agora eu quero ver quem é que vai morrer;
Não me conhece fulano eu sou um dos quatro manos;
Então, normal, só vim buscar meu dinheiro e tal, nada mais;
Nada mais o caralho não se faça de otário;
Não seja vacilão, bobeou, pá, pá vai pro chão;
Se liga, se liga, viaja só um pouquinho se lembra do Celsinho;
Aqui mesmo na favela ele foi derrubado e é você o autor do disparo;
Agora então é que é a idéia de rocha, não há tiros nas costas;
Sai andando, conto até 10, pode virar pra mim;
Quem sacar primeiro mano, no outro põe um fim;
Ele saiu andando e contou até quatro;
Quando tentou virar pá, pá um abraço;
Calibre doze no peito, um arregaço;
Sobre esses quatro manos temos muito á contar;
Face da Morte e a gente volta á falar.
face da morte - bomba h
Só idéia forte aqui é face da morte que chegou pra ficar
Não veio pra rebolar, na batida que apavora o rap é foda e
Não é moda, foda-se quem se incomoda, revolução nu
Ar minha rima é bomba h, difícil de segurar, eu
Cheguei pra somar trocar uma idéia de irmão e ai sangue
Bom a coisa aqui não é fácil não, cheirar cola,
Fumar crack, dar um tiro ou tomar baque, encher a
Cara de cachaça, ou assistir o sai de baixo, é melhor
Pensar um pouco e ver em qual é que me encaixo, eu
Acho, que nenhuma vale a pena, to fora desse esquema, eu
Quero ir pra bem distante, espere um instante acho que eu vou
Pra beira mar pegar um taxi pra estação lunar, quem sabe de lá
Eu consiga ver entender, melhor esse mundo imundo, como
disse zé ramalho, e vida de gado, baralho
Marcado, não entendo esse jogo, tão me fazendo de
Bobo, vê se pode no congresso muda a lei em benefício da
Forde enquanto o povo passa fome é humilhado e só se fode, na
Rua eu vejo as tropa de choque, trocando tiro na favela
O sangue escorre nas vielas, quem tem fé acende vela,
Um corpo rola no escadão, é a missão do militar de
Baixo e alto escalão, nos quartéis eles ensinam uma antiga
Lição de morrer pela pátria e viver sem razão.
12 manos armados, executaram um bem bolado, atitude e
Sorte, na fita do carro forte que rendeu quase um milhão,
Garantia de pão, um mano me disse que o 157 é o que resta nada
Mais interessa, lhe é negada a educação, distorcida a
Informação, processo de exclusão que deixa a marca, o
Rap retrata na levada, na caixa, no bumbo, baixo,
Marcando o compasso, chimbal, na luta contra o mal, minha rima
É letal, também sou racional tem o lado
Animal, no país do carnaval, onde o clima é tropical, tudo
Aqui é uma delicia mas confira a estatística , calcule
As proporções com mais de 15 anos mais de 15 milhões
Que não sabem o be-a-ba desse jeito não dá, onde essa
Porra vai parar, juscelino kubistschek, a quem conteste,
Levou o governo do brasil pra brasilia,
Seguindo nesta trilha fhc é bem pior um sociólogo
Vendido, entrega nosso governo aos estados unidos,
Serviçal do imperialismo, doutorado em cinismo. um tal de fmi
quedá as cartas por aqui, tem concentração de renda,
Latifúndio, fazenda , piscina , na favela tem chacina, no
Congresso descobriram coisa boa é cocaína pra fazer negócio
Da china, agora olhe do seu lado um cara de carro
Importado, com ar condicionado, anda de vidro fechado,
No sinal é abordado, se pá assassinado, porque? tente você
Responder, a elite tem que entender
Desigualdade social é a origem de todo mal.
Vou mandar um comunicado a direção do playcenter, que
Tem muito concorrente de olho na patente das noites do
Terror, tipo onde eu levo o meu avô, tem morto no
Corredor, nos hospitais da rede publica, há choro e muita
Suplica, mas falta remédio, leito, médico e
Respeito, ninguém dá um jeito, o investimento na saúde é
pouco e precário, o ministro josé serra é um bom
Agente funerário. eu sou católico crismado e batizado,
Outro dia injuriado, fui dá um role lá no centro cheguei lá
Tava chovendo, aproveitei entrei num templo, não vejo nada de
Mal já que deus é universal, porém, não concordei com o que
Vi, coitados sendo explorados até o ultimo centavo, eu acho
Muito esquisito comprar favores no céu, sacrificando seu
Dinheiro na fogueira de israel, vou explicar agora veja, você
Faz um depósito na conta da igreja, o comprovante vai pro
Fogo e o dinheiro vai pro bolso, de deus é claro, pra que fique
Mais claro é tipo assim, a regra dessa firma, joga o dinheiro
Pra cima o que deus pegar é dele o que cair no chão é
Meu, entendeu, é a vida tudo bem cheguei a conclusão
Que fé de mais não cheira bem, cada vez mais expostos
Nos empurram impostos, confortáveis em seus postos, ganham
Um puta dinheirão eles são os anões que apertam botões
E manipulam a nação por meio da televisão, com a
Retórica e a republica, faz em na vida publica oq fazem na
Privada, um monte de bosta que não servem pra nada.
face da morte - o jogador na igreja
Um dia eu fui a missa cumprir minha obrigação, por não ter um livro de reza, levei um baralho na mão. Eu tava dentro da igreja com meu baralho elevado e não vi perto de mim um sargento ajoelhado.
Com pouca demora na igreja foi entrando dois soldados chego pra mim e disse: ?Moço o senhor ta intimado, o doutor mandou chamar para ser interrogado?.
E logo que eu cheguei na presença do doutor ele foi me interrogando e me chamando de pecador e perguntou se na igreja é lugar de jogador.
Eu fui e respondi pra ele: ?Vo faze a explicação, depois de bem explicado o senhor vai me da razão pois verá que em todo baralho tem a sincera devoção?.
?É que quando eu pego no Ás que tem uma pinta somente, eu me lembro que existe um só Deus Onipotente, que quando chamamos por Ele, Ele está sempre presente.
Quando eu pego no 2, com gosto me lembro eu, que com duas tabuas de pedras o Criador escreveu, os 10 Mandamentos Sagrados pra salvar os filhos Teus.
E quando eu pego no 3? Pego com sinceridade, me lembro das três pessoas da Santíssima Trindade. Pai, Filho e Espírito Santo em um só Deus de verdade.
E quando eu pego no 4 de quatro paus encruzados, eu me lembro que com quatro cravo que Jesus foi cravejado, foi preso sem dever crime, morreu sem dever pecado.
E quando eu pego no 5 me lembro daquele dia de dor, das cinco chagas doidas que sofreu nosso Senhor, derramou todo Seu sangue pra salvar o pecador.
E quando eu pego no 6? Me vem na imaginação dos seis dias da semana na obra da criação, em seis dias Deus fez tudo sem em nada por a mão.
E quando eu pego no 7, me lembro a hora, hora triste magoada dos sete passos de Cristo na sua Paixão Sagrada, com sete espadas de dor, a Mãe de Deus foi cravada.
E quando eu pego no 8, que oito pintas contem, eu me lembro que não se deve armar falso de ninguém, quem arma falso dos outros perdão no céu nunca tem.
E quando eu pego no 9? Me vem na imaginação dos nove meses ditosos da Divina encarnação, que Jesus passou no ventre da Virgem da Conceição.
Quando eu pego no 10, não posso me esquecer, os Dez Mandamentos ficaram para o homem se reger. Quem cumpre os Dez Mandamentos não quer sua alma perder.
E quando eu pego na DAMA, me lembro da Virgem Maria, de certo não fosse Ela, de nos o que seria? Se Ela é a Mãe de Deus e do pecador na agonia
Quando eu pego no REIS, vem logo na minha memória que Jesus Cristo Poderoso é o Divino Rei da Gloria, que não precisa de força pra alcançar a Vitória.
E foi assim seu doutor, que na igreja eu fui rezar, agora eu to a suas ordem para que o senhor deseja. Ou me ponha na cadeia ou me deixe retira.?
O delegado pensou, pensou não achou o que fala, viu que eu estava certo, e começou a pergunta porque razão eu deixava o VALETE sem conta.
?Ora seu doutor o VALETE é uma carta ruim, por isso quando eu compro um baralho no VALETE eu dou um fim, pois parece com esse sargento que veio da parte de mim!?
face da morte - caipira
Ei, irmão
Cresci em meio ao crime, mas não sou ladrão
Respeito quem é, mas só quem é
Quem não é e diz que é eu considero mané
Ganhou qualé?
Pois quem é não gostaria de ser
Já ouvi isso de ladrão considerado,
De atitude e proceder
Aí Cachorrão, aí Nei
Não esqueci de vocês
Sou apenas mais um da periferia
Quem rima aqui é um humilde caipira
Que se vacina de humildade
Pra não ser contaminado pelo vírus da vaidade
Não mais nem menos inteligente
Pareço você, que também é competente
Seja persistente, juntos vamos vencer
Não deixe que a inveja tome conta de você
Estenda sua mão
Não ria da desgraça do irmão
Agradeça a Deus pela vitória do outro
Não dê mancada pra não amanhecer morto
Não quero simplesmente
Bater foto da minha gente
E apresentar ao sistema,
Me entenda
Eu quero ser a tinta
Pro artista cego que pinta
Realizar seu trabalho
Um novo quadro na vida do proletário,
Do povo trabalhador, do lavrador, do operário
Ser o elo que une a foice e o martelo
O instrumento que liberta o detento
Aquele que mata a sede de regeneração do ladrão
Que junta o povo pra fazer revolução
Ser como a água que nasce nos montes
Lavando o sangue que foi derramado antes
Se transformar em rio e ser as veias da Terra
Ser a bandeira branca em meio a essa guerra
O breque no tambor,
E girando o gerador
O senhor é meu pastor e nada me faltará
Sou apenas um caipira aprendendo a rimar
(Quando me lembro
Dos meninos do sertão
Olho pro céu
E vejo eu entre os pardais
Catando estrelas,
Desenhando a solidão
Ouvindo histórias
De fuzis e generais)
Como já disse, eu sou igual a você
Eu faço Rap, mas não pra me crescer
Não sou estrela de TV
Não sou superstar fabricado pela Globo
Sou um guerreiro na batalha pelo povo
Mais um nesse jogo
Posso até parecer bobo,
Mas não
Periferia, favela
Quem mora lá sabe o que acontece nela
Não precisa ouvir no Rap
Muito menos ver na tela
Minha intenção, sangue bom,
Não é dizer aquilo que você já sabe
O que eu quero, ladrão, é provocar o debate
Elevar a discussão,
A troca de informação entre os irmãos
Porque o ensino não é verticalizado
Não podemos seguir tudo que está estipulado
Pra não ser manipulado é necessário
Estabelecer as nossas próprias metas
Só dessa forma sairemos da merda
Tem um ditado que dizia
Que cabeça vazia é oficina do diabo, tá ligado?
Muitas vezes quando venho do show
Dou uma parada lá no café do posto
E muitas vezes me bate o desgosto
Ao ver uma tiazinha
Na madrugada fria juntando latinha
Minha vontade é de chorar
Com a viola que meu tio tocava
Que ponteava e cantava aquelas modas
Que sempre tinha história
Isso eu trago na memória
Desde o meu tempo de criança
Quando os meus olhos derramavam esperança
Hoje eu cresci, mas mesmo assim não desisto de lutar
Sou apenas um caipira aprendendo a rimar
(Quando me lembro
Dos meninos do sertão
Olho pro céu
E vejo eu entre os pardais
Catando estrelas,
Desenhando a solidão
Ouvindo histórias
De fuzis e generais)
Eu agradeço a você por ouvir nosso som
Seja em fita ou CD, até mesmo em vinil,
O importante é que ouviu
E tentou entender
Essa humilde mensagem que eu transmito a você
No barraco, na cela, no trabalho, no rádio do carro
Seja onde for, no litoral, no interior, nas capitais
Cada dia que passa nosso som cresce mais
Contagia o idoso, enlouquece os moleque
Agora é fita dominada, pro Rap não tem breque
Agradeço a Deus pelo dom de escrever
Encontrei pra minha vida outra razão pra viver
Eu já tinha três motivos:
O Jonathan, o Bruno, a Joice, meus filhos
Todos três com a minha mina, Carmelita
Que maravilha,
É poder gritar pra todos que você tem família
Quase pra tudo nesse mundo
Sigo exemplo do meu pai que vem da roça sem estudo
Mas conseguiu criar seus filhos sem cair no submundo
Sem vício
Pobre de dinheiro, mas rico em espírito
Talvez seja tudo isso
Que me livrou do crime,
Me afastou da PT, pode crer
Já sofri com desemprego,
Já entrei em desespero
Mas já presenciei o enterro de muito truta meu
Se eu tivesse ido pro crime talvez um desses fosse o meu
Mas não, graças a Deus, eu tive sorte
Hoje eu sou Aliado G do grupo Face Da Morte
Considerado no Brasil do sul ao norte
Pela ideologia forte que me move
Sempre na base da velha humildade
Conquistei muita amizade
Durante a minha trajetória
Já aprendi com a derrota
E já vibrei com a vitória
Por tudo isso, não desisto de lutar
Sou apenas um caipira aprendendo a rimar
(Quando me lembro
Dos meninos do sertão
Olho pro céu
E vejo eu entre os pardais
Catando estrelas,
Desenhando a solidão
Ouvindo histórias
De fuzis e generais)
face da morte - 48 horas
Face Da Morte - 48 Horas
Sexta cheira, vou dar um rolê
Ferracini no pé, no pulso cartier
Uma olhada no espelho nota dez pro cavanhaque
A camisa é pura seda e o cordão vários kilates
Channel número 5, pra exalar no salão
Pique vagabundo, conceito de ladrão
Sabadão na Atlântica acelero a minha Ninja
A noite em São Paulo é vários manos e várias minas
De repente o doido do corre na curtição
E aí malucão, como é que é sangue bom
Hoje no Reggae Night tem show do Revelação
Tô com dois ingressos aqui não vai dar bundada não?
Entramos na festa e o bagulho daquele jeito
O samba tá no sangue da mãe África, respeito
Vamos colar no bote, pega o gelo e uma dose
E aquela mina, ?Ah, aquela é a Rose,
Conheço a mili ano, gente fina minha amiga
Só vou te dar uma dica: oferece uma marguerita?
Da licença aí Rose, aceita uma bebida?
Como é que você adivinhou? Essa é minha preferida!?
Quero voltar, entrar na máquina do tempo
Fugir da ilusão e viver
Se eu pudesse voltar, pudesse viver um novo sonho
E outro caminho percorrer
Deixa acontecer naturalmente
Mas deixa que o amor encontre a gente
Na espuma da banheira, a hidro ligada
Dois Marlboros acessos e duas almas seladas
Paixão traiçoeira, aviso não manda,
Quando acerta o coração qualquer um se desmancha
?Ladrão sangue bom tem moral na quebrada?
Nas grades do coração ela é refém, mais nada
Domingão à tarde esticando na serra
Caipirinha à beira mar romance estilo novela
?O tempo passa o Sol se esconde e a Lua não vem?
Iansã e Iemanjá estão nos dizendo amém
Vinho e amor uma mistura aquecedora
Mas tenho que chegar na fita da transportadora
Chuva fina na serra e ela na garupa
Cheguei em casa deixei ela, me armei meti uma lupa
Na hora marcada eu tô firmão na missão
Vai quatro mano derrubamo, a fita foi mó mamão
Dois malote, duas 9 dando fuga da Rota
Dois balotes na nuca uma cadeira e duas rodas
Quero voltar, entrar na máquina do tempo
Fugir da ilusão e viver
Se eu pudesse voltar, pudesse viver um novo sonho
E outro caminho percorrer
Toda profissão oferece um grau de risco
Mas nenhuma é tanto quanto a profissão perigo
Aposentado aos 23, foi muito foda
A mina na maternidade e eu na cadeira de roda
Sete anos se passaram e a esperança no portão
De chinelo de dedo deixa um rastro de emoção
Primeiro dia de aula abençoe meu Deus
Não deixe seu destino apertar a mão do meu
Pensei, sonhar é tudo que eu posso fazer
Só penso no meu filho, sonho vendo ele escrever,
Crescer, desenvolver, quem sabe ser doutor
Conhecimento é liberdade e tem ditado seu valor
Você vale o que você tem, desde de cedo eu aprendi
Quem tem carro, quem tem moto é lembrado por aqui
?Cadê Gutti importado e as roupas da moda?? (4:00)
Sem cobrado sem dever, pode crer maluco é foda
A maldade é mãe, um de seus filhos a vingança
Eu matei meu pai que me deixou quando criança
Mó saudade da minha mãe, Dona Maria, Deus a tenha
Paz, justiça e liberdade pro meu filho, esta é a
senha
Quero voltar, entrar na máquina do tempo
Fugir da ilusão e viver
Se eu pudesse voltar, pudesse viver um novo sonho
E outro caminho percorrer
Cds face da morte á Venda