Issa Paz
exército de athena
Difícil entendimento, destorce a percepçãoDe 90 que não chega a uma conclusão
Da onde vem, pra onde vão quem foram quem são
Trabalho escravo, salário de retenção
Conclusão, sobra espaço pra pouca reflexão
Reflito, logo existo, conflitos de solução
Já que se veta a banda, pelas preta e pelas branca
Minha caneta branda, denuncia quem comanda
Rima que arranca, lança cidade caótica
Espanca na autópsia do verbo à semiótica
Derrubando mcs que criam letras sinóticas
Ideologia gótica, pra mente neorótica
tá achando exótica? vim pra derrubar conceitos
Paredes muros, cimento, um murro no preconceito
É a voz que liberta, vai na mente e desperta
É o terror, é o horror das princesinha de aba reta
Arte completa, vai te acerta, sem que peça
Quem se favorece se cresce sob conversas
Não sou a modelo que queriam no patrocínio
Sou seu pior pesadelo atiço seu raciocínio
Extermino, ratos criados em condomínio
Que vivem em domínio de um papel alumínio
Assassino, quem me faz passar tamanha vergonha
Que acha que rap é bombeta, buceta e maconha
Sonha, sem procedimento não se alcança
Sem ideologia, a mesma ideia me cansa
Sem amor... sem sentimento
Sem ardor, maquinado a favor do aquecimento
Pelo abastecimento em massa de mentes vazias
Conduzido à caça, como presa inofensiva
Minha ação terrorista, contra o estado, estratagema
Meu rap é problema injeção letal no sistema
Quebra de algema, rebelião intravenosa
Energia plena, revolução em verso e prosa
Sou do exército de atena, reação perigosa
Rima pesada que condena, em ação periculosa
Compromisso herdado milênio em subversão
Versos submersos universo em propulsão
Hora da'ção, periferia em congruencia
Não me visto de swag me visto de resistência
Pé sujo de lama, chão da viela em reboque
Atitude marginal que deixa as paty em choque
Molotov em chamas, bandera negra em pauta
Treinamento mental com emiliano zapata
Verme de farda, e os fascista bebendo salton
Nunca sentirão o que adquiri de proudhon
Sou bakunin da favela, sequela no quartel
Vim pra quebrar a cela, desastre pro coronel
Exército de atena não gela não volta
Exército de atena atropela não solta
Exército de atena sequela sua escolta
Rima plena entra em cena, a favela revolta