MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
issa paz - a arte da refutação
Quem olha de canto sente uma presença
E tanto no consciente
Vim por o pé na porta de quem não suporta
Ação coerente
Quebra de corrente, na mente afunda, mas nunca cede
Oceano infinito mas na margem
Só enxerga aquilo que emerge
O que te impede? não existe nada que te protege
Apenas mortos vivos dançando na festas beges
Cinzas fulgazes, fugees em graves, monges hereges
Quem não sabe das minhas histórias
Minhas memórias, não me conhece
Não entende o trauma, de quem nasceu com travas
Na ponta quase que não fala, mas do contra
Vim matraca
Pra quebrar o estado de calma
Em que se encontra a nação
Rebelião, pros ouvidos sentidos vim trazer revolução
[refrão]
Essa é a razão a arte da refutação
Pra me calar nem sambando sobre meu caixão
Nem assim, nem no fim, jão, mas não se ataca não
Parecem diss, disse então, é só contestação
Só pra contrariar, tudo aquilo que me circunda
Todas as vozes imundas num segundo, corcundas
Diziam todos os dias, você não vence na vida
Sem saída, shit! nesse jogo não tem exit fia
Dizia, me queria calada e falida, morta sem filosofia
Nem precisaria, que não viveria, seria vencida
Contudo, pelo percurso tem línguas queimadas
Por esse absurdo
Portanto concluo, tavam erradas
Pois hoje domino o mundo!
Não é pra confundi, eu vim pra fundi, botá pra fuder
Quero ver me impedir, quem vem me reprimir ou me deter
Cria das quebra, esquina, da leva
Acima da média, to por merecê
Não to à mercê, foda-se os puto que ficam putos
Pra desmerecer
[refrão]
Essa é a razão a arte da refutação
Pra me calar, vai ter que sambar sobre meu caixão
Só assim, só no fim, jão, mas não se ataca não
Parecem diss, disse então, é só contestação
Vem fazer diferença, pedrada nas vidraça compensa
Zumbido consequência, mente pensante é influência
Verdade pra eternidade, herança às criança, alcança
Anarquia plena refuta e condena
Ã? caminho pela mudança
Constante evidência, ver para crer, vi crença, vi densa
Vivência, luminescência noturna e diurna, pra sua ciência
Experiência! lanterna, lamparina, lampadas acesa
Iluminai caminhos repentinos onde a brasa ferva
Ações contra contradições ideia intensa
Imensas mansões, indagações
Pra quem não conhece o sistema
Por isso que eu vim pra contrariar
Pra questionar e logo dizer
Vim refutar pela arte e é a melhor arte
Das que eu sei fazer
[refrão]
Essa é a razão, a arte da refutação
Pra me calar, vai ter que sambar sobre meu caixão
Só assim, só no fim, jão, mas não se ataca não
Parecem diss, disse então, é só contestação
issa paz - anarquia plena
Quantas vezes já se sentiu preso sem correntes?
Há quantos meses carrega esse peso em sua mente?
Quantos seres tão ilesos sem conhecimento
Do que se abriga esconde e sobrevive aqui dentro
Pensamento ativo, força cognitiva
Cada momento decisivo em outra iniciativa
Rota sem saída, portas sem fechaduras
Trancadas por dentro de salas sem abertura
Quem te enclausura? Quem é teu carcereiro?
Ã? a própria loucura a procura do cativeiro
Se tornou hospedeiro, dos piores inquilinos
Pensamentos ruins que quebram seu raciocínio
Tomam o domínio, Te governam em ditadura
regem seu destino em completa escravatura
Então queime a censura que existe nessa prisão
Quebre suas algemas e faça a revolução
<refrão>
Eu quero liberdade
Pros meus ideais
Em busca da verdade
E do que a mente faz
Contra a autoridade
Do que me quer sem paz
Em busca da verdade
E do que a mente faz
<refrão>
[part Dory]
Vestida de armadura pro combate la vou eu
Reencarnação da resistência, algema não me corrompeu
Liberdade buscamos desde os tempos de outrora
Se eles querem meu sangue vem buscar a qualquer hora
Antes foi na chicotada hoje é soco e bala nas costas
não vai calar meu grito meto memo o pé na porta
Liberdade! "Libertas Quae será tamem"
Ã? um ciclo uma luta que vai e vem vai e vem com noiz
punhos ao alto na multidão lá
fazer história memo, pros nossos filhos herdar
o que te prende o que te mata o que te amarra e faz chorar
luta corre grita busca Vai! Cê é capaz
Ainda somos e vivemos como nossos pais
Estamos fazendo a revolução pelos ancestrais
Entre anjos e demonicos, entre guerra e paz
Se não agora então quando? Se não hoje, Nunca mais!
[refrão]
Eu quero liberdade
Pros meus ideais
Em busca da verdade
E do que a mente faz
Contra a autoridade
Do que me quer sem paz
Em busca da verdade
E do que a mente faz
<refrão>
Quem te conduz? Quem te controla?
vagando sem luz e a escuridão te assola
Quem te deu a bola? De quem é esse estádio?
tá pagando caro, pra ver gol do adversário
Tá sem auto-defesa, imune ao próprio caos
Se rendendo, vendendo prum Estado mental
Estado desigual e o presidente corrupto
Não precisa de aval pra ser seu próprio súdito
Pensamento lúdico desconhece as amarras
propriedade privada, atrás de grades sem barras
hora de usar as garras, a força do intelecto
revolução mental, em prol do caminho certo
Querem submissão, Mas existe alternativa
Nunca controlarão uma mente subversiva
Não me acorrentarão, pois o que me ordena
Ã? Liberdade total em busca da anarquia plena
<refrão>
Eu quero liberdade
Pros meus ideais
Em busca da verdade
E do que a mente faz
Contra a autoridade
Do que me quer sem paz
Em busca da verdade
E do que a mente faz
<refrão>
issa paz - auto refutação
Ah pai
Se não for o senhor pra me escutar, quem vai?
Eu criei monstros ideológicos em cada ponta do cérebro
Me traindo me convencendo
de que eu tava fazendo o certo
Sonhos etéreos no meu som stereo
é quase uma guerra fria
O mundo inteiro pesando como se fosse uma alma vazia
E eu presa a um corpo, a um lugar sem raízes
Subsistindo de conflitos em gritos que se contradizem
Querendo mudar o mundo, criando revoluções
Acreditando só em mim e em mais de 7 bilhões
Ao mesmo tempo, alimentando o que eu mais me oponho
Sem rumo, sem caminho
sem conseguir seguir meu sonho
Parece hipocrisia, num plano de fantasia
Viver em vão, por algo que eu jamais morreria
Quem diria, meu espírito grita, pede que eu exista
Pede que eu resista, que eu invista em outra vista
Pede que eu não desista, e eu nunca conseguiria
Meu espírito é livre demais pra matar minha ideologia
Buscando liberdade, numa cidade aprisionadora
Querendo ver igualdade e ser empreendedora
Eu preciso ir
Espera por mim
O caminho é escuro
Mas eu preciso ir
Obrigada pai
Por poder me ouvir
Mas eu não posso parar
Eu preciso seguir
Empresas opressoras, as mesmas professoras
Que me ensinam e me doutrinam a seguir conservadora
Que porra
Que que eu tô fazendo aqui
Pra onde eu tô indo seguindo sem refletir
Querendo ser mahatma, che e frida kahlo
Dividida entre minhas dividas e as viela de são paulo
Mais um cigarro, um pigarro e um centavo
Uma forma de enxergar quem controla e quem é escravo
Quem consome o que? você ou o produto?
Vivendo a mercê do insulto do interno bruto
Eu preciso lavar minha alma nos projetos indiscretos
Nos seres ultra-secretos que habitam sob meu teto
Ser submersa na profundeza da minha existência
Me tornar o que eu sei que sou
e que não conta na aparência
O que compensa? quero viver uma vida que seja intensa
E minha voz chegue em ouvidos
que transforme sua consciência
Meus pés pisem em pisos de proporções imensas
Que minha caminhada não seja uma coincidência
Me desculpa pai, te encher com assuntos absurdos
Com tanto problema no mundo e eu reclamando de tudo
Eu preciso ir
Espera por mim
O caminho é escuro
Mas eu preciso ir
Obrigada pai
Por poder me ouvir
Mas eu não posso parar
Eu preciso seguir
Não é sofrimento, não sei se você me entende
Mas é revolta que se solta por quem vive na wonderland
Essas fissura essas loucura vai saber se é só tédio
Mas que o tempo seja o intermédio
pra achar o meu remédio
17o andar do prédio no pico mais alto de sampa
Subi uma escada quebrada
enquanto outros pegaram rampa
Não sei se é motivo de orgulho
as coisas que eu conduzo
Dormindo em um barulho
sem que a mente entre em parafuso
Por que eu nasci pra mudar isso tudo
e deixar marcas na terra
Vim pra contrariar a morte e tornar minha vida eterna
Mas o que for pra ser será, o importante é que
Eu sinta meus pés firmes
e minha mente siga sem breque
Que eu traga paz e muito mais aqui pros moleque
E que a cada dia mais eu consiga cantar meu rape
Ã? complicado pai, temos que ser tipo arco e flecha
Por mais que a corda estique
o arco enverga e não se quebra
Eu preciso seguir nesse caminho
onde não vejo a estrada
E quando olho pro futuro é tudo turvo não enxergo nada
Mesmo assim eu vou enfrente pai, eu não posso parar
Eu só espero que seja suficiente pra te orgulhar
Eu preciso ir
Espera por mim
O caminho é escuro
Mas eu preciso ir
Obrigada pai
Por poder me ouvir
Mas eu não posso parar
Eu preciso seguir
issa paz - eu nasci
Eu nasci mulher. assumi todas as culpas da humanidade
Carrego um carma que me torna a razão pela expulsão
Do éden
Nasci mulher, numa sociedade aonde só fazem aquilo
Que os homens querem. num patriarcado forjado
Maquinado que nos impedem, de seguirem livres
Na igualdade das peles
Superem. nasci mulher. nasci errando
Cresci lutando. contra todo o preconceito carregado
Que colocaram num saco e pediram
Para eu levar empurrando, como um castigo
Por cada pedra atirada
cada morte marcada e manchada
Com sangue antigo
Nasci mulher. nasci com o fardo da proibição
Proibida de ser humano, pois a espécie é homo sapiens
E não mulieris sapiens
Proibida de falar no culto, de me opor aos insultos
De ter respeito mútuo e de causar tumulto
Sucumbida ao desrespeito coletivo, de quem nunca leu
Um livro e acha que sou propriedade pública
E podem pegar sem motivo. sou mulher que não teve
Escolha, a genética aleatória decidiu meu destino
Me colocou em carcere privado com muro invisível
Mesmo assim sou incrível. de carregar na alma opressão
E também a garra da flora e da fauna que trás libertação
Da injeção de fluoxetina, dessa sina e da chacina
De quem me doutrina
de quem me agride sem permissão
Nasci mulher, trouxe no coágulo sanguíneo
em cada espaço
Do raciocínio, a raiva como vingança
Trouxe de herança, fridas, calos, lutas, joanas, darcs
Atos, conduta, rosas, parks, mary, wollstonecrafts
Putas. todas elas juntas, respirando meu ar
Sendo equilíbrio suficiente, pra minha cabeça
Não se abaixar nunca
Pois eu nasci mulher, brilho que não se oculta
Mesmo cansada da labuta
se eterniza naquilo que ensina
Mulher, que pari, cria, conduz e desafia
Morre. 10 por dia. assassinadas
5 Por hora. estupradas. sem condição
Ganhando 30 menos. mesmo com graduação
Só no brasil. mas violentada todos os dias
Segundos e instantes, no afeganistão
Conclusão, mesmo mais livre na islândia
Sou prisioneira do mundo ingrato
E também, ironicamente, fui responsável pelo seu parto
Nascer mulher, nem todo mundo pode
Seja homem ou mulher de fato, ninguém escolhe
Mas eu acredito, que todo mundo que nasce mulher
Já nasce plantando, os frutos que colhe
Já nasce na guerra pra que ninguém te controle
Já nasce na prole de muitas mães, irmã de muitas irmãs
Eu nasci mulher, nasci decidida, incumbida
Com a função de lutar pelo nosso amanhã
De brigar pelo nosso futuro
Sim. eu nasci mulher
E com muito orgulho!
issa paz - não vem roubar minha brisa
Não adianta pegar as corrente
E vir de ideia na contramão
Meu rap não é oponente pra sua alcateia jogar na prisão
O espírito é livre e independente não preciso do cifrão
Mas se eu precisasse que mal me bastasse
Vê se não faz confusão
Música é alimento pra alma
E o que não for não tira minha calma
O que vem de dentro me salva
O que não vem a gente descarta
Eu não vou perder o meu tempo
Julgando mcs por esse brasil
Eu não tô num show de talento e você não é o raul gil
Se liga quem é da antiga, faz liga
e briga confisca sem causa intriga
Siga sua brisa, na vida consiga
mas não obriga não vira desliga
Eu não luto mma eu não tô num ringue pra gastar saliva
Nessas sempre tem alguém
Que fica igual a perna do anderson silva
Ã? porque treta gera ibope, e ibope gera fama
E fama chama ganancia que me causa ânsia e te difama
Pela grana, a gente perde o céu e perde a ideologia
Mas perde muito mais com quem nunca trás melhoria
Refrão
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
Não sou dona de qualquer coisa
nem do gueto nem da rua
Mas perder tempo com música ruim
já é uma escolha sua
Se você não gosta, odeia, porque é que divulga
Mas é pra criticar, só pra reclamar, faça algo que evolua
Já tem policia e político demais pra tirar do serio
Não vejo sentido, ou qualquer motivo
pra criar conflito interno
Cada um fazendo o seu e fortalecendo
o que torna eterno
Não existe certo ou errado verdadeiro ou falso
pra ser um inferno
Eu tô vivendo num legalize quero algo que me tranquilize
Não vem roubar minha brisa
botando pilha e fazendo crise
Pesquise, quem fez a história não era escória visualize
O rap precisa de mais rap
de mais movimento não de mais juizes
Esse é o revide, é o troco, de quem somente observa
Conserva dores, acumulam dores e não se preserva
Sentem ódio gastando energia
em sua alegoria planejam a queda
Não entram pra jogar e julgam do banco de reserva
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
Não vem roubar minha brisa
Faça a sua parte
Eu sei do que o rap precisa
Menos falador e muito mais arte
issa paz - novo plano
Interno, pelos seu refleti
Introspecto, se fez existir
Cura do ateísmo vão, cego, assisti
Olhai-vos à elevação do ego. já senti
Reconheci, tudo tomando forma em seu lugar
Revelação, intervenção plural de se achar
Outra dimensão em plano, sem ação ocular
Sentida, como uma ferida que não quer curar
Devaneios céticos, me impediram de enxergar
Fechei os olhos, perdi o espelho devaneio devagar
E os abri, sem dormir, sem parar pra respirar
Renasci, dentro aqui, me perdi pra me encontrar
Baque espiritual, injeção de ar no intelecto
Da onde veio, surreal, o baguio é introspecto
Introspectivo, a via de mão dupla
Caminho pra dentro, ordenado à própria cúpula
Sem culpa, sem arrependimento, com lupa
Pra outro plano dimensional, que a mente ocupa
Desculpa. atravessei o portal, sem medo
Livrei-me do caos, pertencente nesse enredo
[refrão
Não é paranormal, espectro, celestial
Ã? química, ciência, física, é natural
Inato aos meus sentidos, reação conectiva
Há pontos na própria mente, não visitados ainda
[refrão]
Redenção, me rendi, compreendi, aprendi qui
Não importa à sua volta, a ação, parte de ti
Parte de mim, tudo que aqui dentro cultivo
Que vai refletir, atingir e agir em outro ser vivo
Indiretamente, vivemos no mesmo plano material
Entende? tudo que transborda, de nós, resulta o final
Transcende, ascende em busca
na luta astuta do próprio mal
Ascensão pra elevação mental em movimento vertical
Prisão vibracional, eu sabia
Algo dentro de mim, já gritava, dizia!
Agia, me fazia reagir, reagi um dia
Subi, elevei, fundi, e me fiz só de energia
Resplandecia, meu corpo não correspondia
Nem poderia, nesse escopo eu já não pertencia
Foi loco, me despertou um novo mundo ao eco
Sistema cerebral, oceano plano em paralelo
Flagelo, em resquício ao meu ser inteiriço
Por isso, revelei não faço mais parte disso
Perdi as certezas, perdi também as duvidas
Enterro sem culpa, pela arte o que se refuta
[refrão
Não é paranormal, espectro, celestial
Ã? química, ciência, física, é natural
Inato aos meus sentidos, reação conectiva
Há pontos na própria mente, não visitados ainda
[refrão]
issa paz - peso pesado
Sou uma grande mulher, me veem sem lente de aumento
Eu preencho muitos espaços, abraços aonde entro
Tenho muita presença de palco, assim garanti meu respeito
Muita coisa cabe aqui dentro, não entro no seu preconceito
Querem me rotular, me enquadrar num padrão de estética
Só conseguem me enxergar numa balança
Com a fita métrica
Se não encaixo na regra, nas suas formas geométricas
Não vou seguir seus padrões nem suas formulas dietéticas
Já não me sinto representada, pela mídia ou pela massa
Também fui agredida por andar na rua ou sair de casa
Fui muito repreendida, oprimida mas quebraram a cara
Porque não entendem
Que não me prendem com essas amarras
O que me deu garra, sucumbir aos danos psicológicos
De varios que me encara e escarra cuspindo ódio
Quebrei as travas, vou me amar por motivos lógicos
O corpo é meu não seu, não participo desse zoológico
Meu corpo minhas regras
Minha regra eu memo faço
Não segura minhas rédeas
Pra você não vai ser facil
Meu corpo minhas regras
Minhas regras eu memo faço
Meu talento não se pesa
Meu rap é peso pesado
Não invadi seu espaço, meu cenário eu mesma faço
Se mexeu comigo, ih fih ta perdido vai tomar um arregaço
Se minha aparência incomoda, melhor repensar os retratos
Não preciso ser da moda
Chego longe por meus próprios atos
Preconceito é mato, me olha torto enquanto descarto
Não to na passarela, vim ser a célula do seu infarto
Quando eu falo o que faço
De dentro do quarto os bico se anima
Porque a alma é gigante a mente é pensante
Não vim pra ser pequenina
Sou grande memo a la king kong pesadona a lá godzilla
Mistura de notourious e big pun rimando na base do jilla
Se não tem respeito não vai ter jeito
O seu semblante não brilha
Se liga pra cor ou trejeito
Pensamento pequeno é ideia vazia
Porque meus valores e conceitos não se fazem do externo
O que tenho por dentro, foi aprimorado pra ser eterno
O que por fora tenho, não me retenho, fica na cova
Meu peso é pequeno perto do talento
Que pesa varias bigorna
Meu corpo, minhas regras
Minha regra eu memo faço
Não segura minhas rédeas
Pra você não vai ser facil
Meu corpo minhas regras
Minhas regras eu memo faço
Meu talento não se pesa
Meu rap é peso pesado
issa paz - pra cultivar a paz
Quais são as barreiras que separam a gente
Fronteiras, bandeiras, ou nosso subconsciente
Sua classe, cor, altura, nomenclatura residente
Seu palácio, sua cultura, sua língua ou presidente
Nada disso é vigente, pra quem tem alma itinerante
Eu sou internacional, universal, sou retirante
Não caibo na sua estante, não sou colecionável
Sou ser humano e isso basta pra já ser respeitado
Sou humanista. seu machista, me tira da lista
Que azar foi encontrar na fila uma feminista
Eu quero direitos próprios, sem estado opressor
Eu quero direitos lógicos, não utópicos, libertador
Eu vim pra causar terror, na classe dominante
Vim de preto, pelo guetto, e bem pior que antes
Atacante império ashanti, que deixa em shock
Sóq com a fúria da estrutura black bloc
Meu estoque é arsenal de napalm e molotov
Em forma de rima e te emancipa da uzi e glock
Enfoque no foco, por respeito eu troco a pista
Poder pro povo pobre e pau no cu dos fascista
Refrão
Resistencia traz, pro povo
Pra cultivar a paz, nos outros
Eu vou buscar ser mais, eu vo-ou
Pra cultivar a paz, nos ou-tros
Eu quero um mundo libertário, autossuficiente
Longe de autoritários, população decadente
Quero harmonia e o necessário, meu povo resistente
Quero paz, quero o contrário, do que dizem pra gente
Que coincidentemente, aliena, manipula
Linha de montagem, te envenena e te rotula
Não sou engrenagem, de quem rouba, especula
Minhas raízes, coragem, se fazem da minha medula
Chega de tortura, de padre, patrão, político
Pra isso meu sangue coagula vivo e catalítico
Pra acabar com a pátria e essa merda de nazismo
Pra buscar a liberdade e destruir seu moralismo
Nem que tenha que plantar cultivar ir à diante
Agir por meus próprios atos sem precisar ir distante
Deixar rastros, abstratos contatos itinerantes
Ser por mim, assim, não preciso de governantes
Só precisamos de nós mesmos, integridade
Porque eu não serei livre enquanto a nossa humanidade
For restrita, for vendida para os donos da cidade
Não seremos livres, livres de verdade
Resistencia traz, pro povo
Pra cultivar a paz, nos outros
Eu vou buscar ser mais, eu vo-ou
Pra cultivar a paz, nos ou-tros
Compreendo a insanidade que colocam no nosso prato
Valores tão misóginos sentimentos tão abstratos
Fatos, há mais ratos no senado que na coca cola
Colocaram ácido com pistola na cachola que bitola
Na vitrola, a salvação do oprimido
A arma contra o opressor, que faz o povo dividido
Quem nasce em gaiola, criado em cativeiro digo
Não sabe que seu habitat é manter se vivo
Poderes malignos, de quem controla nossa vida
Democracia é o abrigo dos poderosos genocídas
Venha comigo, livrar-se dos castigos pesticídas
Manifesto que eu te empresto em cada canção sentida
Viva, sendo resistencia até o final sacrifício
Que cada batalha dure apenas o essencial indício
Que a arte de cada ser vivo seja especial artifício
E que o mundo que eu acredito seja condicional vitalício
Pra isso, vou assumir em cada passo um compromisso
Pra levar espaço, percalço como se fosse um vício
Sem feitiço, nem mago, trago sabedoria plena
No meu rap eu propago o estrago maciço no sistema
Resistencia traz, pro povo
Pra cultivar a paz, nos outros
Eu vou buscar ser mais, eu vo-ou
Pra cultivar a paz, nos ou-tros
issa paz - pros falador
[perreco voice]
[refrão]
Quem atrasa e não contribui, não adianta e não evolui
Vive em prantos pelos cantos, com tantos que diminui
Vem falar de mim, do que uso ou usufrui
Mais que um ruído, cano torcido que não deixa fluir
Vem se crescer, se favorecer, usando o meu nome
Mas quando no microfone, fica micro e some
Criminosa tipo al capone, bandida a la corleone
As recalcada chora e os falador entra em pane
Não paga as minhas contas
Nem a baga nem as pontas
Nem apaga nem desmonta
Nem afaga nem me afronta
Nem me tromba nem me encontra
Não me tomba nem se tonta
Mas só vive, em alto declive
Com meu nome na ronda
Esquecem de viver
Esquece de sonhar
Pra falar de você
Não tem do que falar
Não podem conhecer
E querem difamar
Não podem me esquecer
E só vão me divulgar
[refrão]
Quem atrasa e não contribui, não adianta e não evolui
Vive em prantos pelos cantos, com tantos que diminui
Vem falar de mim, do que uso ou usufrui
Mais que um ruído, cano torcido que não deixa fluir
Eu nem me irrito nem quero conflito
Foda-se os falador, chega no confisco
Julga como visto, inventam o que nunca rolou
Ai eu desisto, nisso eu não invisto
Em quem só me difama, arranja um serviço
Um novo ofício, repórter do tv fama
Vem tipo mochila
Crescendo nas minhas costas
Mó mala traíra
Perde mó tempo com quem não gosta
Se toca, não mosca, tá sempre com o mesmo assunto
Essa atitude só mostra sua falta de conteúdo
[perreco voice]
[parte taz mureb]
Aquele que fala é
Quem mais da pala é
Quem bota marra é
Quem racha a cara é
Zero de conceito na quebrada
Ã? boca aberta papo torto dedo de seta
Mó zé ramela não segue meu jogo
Rap nunca foi novela, tá tiu?
Que favela que tu tava quando os cana invadiu?
O que memo que tu fez pra melhorar o brasil?
Tá tramado mandando mosca morta só cola na bota
Otário há mó cota meu trabalho faz "xiu"!
[refrão]
Quem atrasa e não contribui, não adianta e não evolui
Vive em prantos pelos cantos, com tantos que diminui
Vem falar de mim, do que uso ou usufrui
Mais que um ruído, cano torcido que não deixa fluir
Critica rapdimina meus trampos
Meus traps meus trapos sim
Fala dos meus caps snaps, diz que eu sou blim blim
Mas me segue na net, mó proceder de moleque pivete
A cada palavra que fala de mim eu ganho 10x em cash
Repete meu nome é taz mureb, taz
Vem
Que de palavra eu entendo até muito bem
Em qualquer quebrada x9 não é ninguém
Se fala da pala não cala sem alternativa
Acorda na mala na vala sem marra só cuspindo formiga
[refrão]
Quem atrasa e não contribui, não adianta e não evolui
Vive em prantos pelos cantos, com tantos que diminui
Vem falar de mim, do que uso ou usufrui
Mais que um ruído, cano torcido que não deixa fluir
issa paz - quebra do status quo
[conversa no "radin"]
[refrão]
Se o rap é um movimento, não me atrasa, não condena
Se respeito é pra quem tem
Por que não tem isso na cena?
Juh e issa paz contra o machismo encapuzado
Que vive em cada refrão oprimindo nosso legado
[part. juh flor]
Incentivo zero no seu lero de união nada sincero
Reproduz burrice, capacidade vem no índice
Independente si burca, mini, cap, vi
Declarado, camuflado, misturado com agrado enfim
Prejudica nosso rolê os corre e proceder, não tá
Pra vender, minha postura de mulher
Trajada com o que eu quiser
Seguida por quem vier e a ideia é certa
Machismo atrasa nas ideia
Retrocede na tarefa
De igualdade, irmão?
Seu discurso contradiz seu refrão
Trepadeira, pombagira
Vadia quais mesmo os nomes que nos dão?
E nos acusam de segregação
Mais se no flyer tem 20
Nem metade é de mulher na rimação
E fazem rap pra nos difamar
E se visita camarim ou tira foto. diz: que mano vai papar!
E pra quem deu ou dà não é da sua conta
Respeito é pra quem tem
E a mulherada faz a soma!
Falador passa mal, isso é fatal
Mas sou madeira de lei pode bica pica pau
Irmandade formada as mina não retrocede
De trança calça larga marra pra ser aceita na sede
Uma decada a mais e o refrão é o mesmo
Bigorna no mic e os palofa no erro
Se o rap é um movimento, não me atrasa, não condena
Se respeito é pra quem tem
Por que não tem isso na cena
Juh e issa paz contra o machismo encapuzado
Que vive em cada refrão oprimindo nosso legado
""
[part issa paz]
Me oprime e me reprime e quer que eu cale a boca
Faz lavagem cerebral porque me quer lavando a louça
Boça, boçal, as moça chegam na ideia monstra
pouca ideia pouca platéia
muito comédia pra pocahontas
Cala boca não me afronta não aturo ideias pífias
Curte a dina di, mas me odeia se eu falar gíria
Traíra, machista, as mina cansaram de ouvir
Que só tem mulher pra rima se for maria mc
Fodasi, vem dizendo que é a favor da igualdade
Mas si eu falo em feminismo, é o fim da humanidade
No seu clipe, no seu convite, no seu fone ou soundcloud
Não tô pelo vip eu tô no repeat
Pra quebrar o status quo
(woow)
Acorda jow, how, eu não luto pra ter vip na balada
Luto pra minhas irmãs
Não serem a cada minuto assassinadas
Nas tracks quero destaques, quero espaços exclusivos
Mais que isso, respeito mútuo pro rap feminino
[conversa no radinho]
[refrão]
Se o rap é um movimento, não me atrasa, não condena
Se respeito é pra quem tem
Poque não tem isso na cena
Juh e issa paz contra o machismo encapuzado
Que vive em cada refrão oprimindo nosso legado
issa paz - randomized
Monólogo
Quais são as formas de alcançar um sonho?
Existem consequências e existem possibilidades
Quem determina o início que acarreta em possibilidades?
Não existe ninguém que determine isso
Quem determina tudo que você faz?
Existem ações baseadas em consequências reais
e existe o caos
o Que é o Caos?
Ã? tudo o que é aleatório
Ã? muito mais fácil esquecer dos porquês
Quando você aceita a força que vem te entreter
uma dimensão regida na aleatoriedade
Aonde o universo inteiro se fez sem vontade
Sem necessidade alguma, da mesma forma
que eu nasci aqui, no meio dessa reforma
no mesmo país que o seu, no mesmo acidente
De tempo espaço, cordas e laços diferentes
O mesmo cosmo em 15 trilhões de estrelas
Mais de 15 bilhões de anos e infinitos planetas
ordem aleatória pra viver em meio ao caos
Que me trás às consequências de reles mortal
Entre a terra e o céu e sua vã filosofia
Não existem tantas coisas como você dizia
às vezes tão vazia, entretanto tão completa
A nossa existência vai além do planeta terra
Então tudo que existe veio do nada
por natureza, sem intenção ou motivo aparente?
Se existem infinitas possibilidades, essa é uma
Então nada está aqui por uma necessidade?
podemos viver em uma ilusão dimensional?
Sim. Podemos
Pareidolia, nada é o que parece
As nuvens não são macias, ninguém ouve suas preces
O sistema te enfraquece, e assim segue o percurso
Esquema que abastece o pente do fuzil russo
Somos intrusos, dessa realidade adversa
Ligados pela existência no mesmo tom de conversa
Na mesma pressa, aonde a saída é distocia
Ondas cerebrais, do alto da Capadócia
Aposta para dentro, e verás o reino escondido
Nada aqui te pertence, nem mesmo os seus sentidos
Fios de cabelo ao chão, memórias engavetadas
Idade que perde o são, histórias são enrugadas
Favelas e estradas, bares luzes acesas
Tudo servindo ao lucro, ao capital as empresas
E aqui após sepulcro, feixes de luz cintilam
O breu veste seu luto enquanto os mundos conspiram
De fato, o que pode ser nosso
se nossa estadia é passageira?
Acreditamos em posses pois isso nos dá segurança
Mas nada aqui nos pertence
Sim, mas todo fator de mudança
então é regido por algo que não pode ser regido
Exato, o paradoxo perfeito... o Universo
Se é assim... Da onde viemos e pra onde vamos?
Entenda... isso não importa
Somos todos feitos da poeira de estrelas
Todos somos
Ã?nicos
Nós
issa paz - respeita nosso corre
Respeita tiu!
As mina tão no corre
Respeita tiu!
Guerreira nunca morre
Respeita tiu!
Que o nosso som é forte
União feminina
Que não aceita os corte
Quem qué mi cortá, qué mi boicotá, segura o revide
As mina saindo da quebra dominando
A selva sem o seu convite
Levanta as taça arregaça na praça pra favorece no brinde
Se quiser somar, chega multiplicar, quem não cola divide
Não qué vê as mina no palco não fortalece a cena
Se não for mês de março
Não vai ter espaço é uma quarentena
No flyer os lier convida: garotas primeiro? duvida!
Não tem mulher na banca, mas põe na comanda
Ai nem me convida!
Desde sharilayne, pega a punchline e agora acredita
No clipe contrata modelo
Porque as verdadeira não vira paquita
Mó fita, fazendo dinheiro
Com as trepadera brilhando na pista
Mas quem usa o cerebelo, é o seu pesadelo, sua kriptonita!
Respeita tiu!
As mina tão no corre
Respeita tiu!
Guerreira nunca morre
Respeita tiu!
Que o nosso som é forte
União feminina
Que não aceita os corte
[part. sara donato]
Diz que fortalecer o corre
E que mulher é importante na cena
Dá um vip uma dose e em cima do palco é o mesmo dilema
Quantas portas vi se fechar, tive paciência soube esperar
Mas a jamais abaixei a cabeça pra cuzão que queria atrasa
Disse pra eu parar com o rap
Que não tinha voz pra backing
Não dei ouvido aumentei o tom e apertei o rec
Hoje compra meu cd a 5 conto e acha que fortalece
O dom da rima é unissex e não se esquece
Então segura, aqui há munição de sobra pra trocar
As portas fechadas, motivo as mina se organizar
Fazer evento, gravar, se juntar multiplicar
Sai do anonimato, ces vão ter que me aturar!
Respeita tiu!
As mina tão no corre
Respeita tiu!
Guerreira nunca morre
Respeita tiu!
Que o nosso som é forte
União feminina
Que não aceita os corte
issa paz - tatuagem
Eternamente, até a decomposição da carne
Diferente do meu presente, a oscilação de um alarme
Cadernos, enfeites, no chão as lata de budweiser
A bala no tambor, pra quando eu for igual budd dwyer
Catch'a fire, a consolação sem trégua
Minhas ideias pro rap, não cabem no hd de 1 tera
Arte que impera, na atmosfera densa
Marcas no corpo, é o sopro, que leva minha existência
Pra fazer diferença, que assusta conservadores
Pra cada risco de tinta, onde se conservam as dores
Os males, e os riscos, ricos rabiscos negros
Sob as folhas e os discos, e os desenhos sob meus pelos
2 Pedras de gelo, black label 12 anos
Icon sequentes danos, nem sempre tão nos meus planos
Mas vamos, seguir, sem cair em desenganos falhos
Arrependimento é algo que não tem no meu dicionário
Por isso eu gravo, sem medo, aperto o rec
Timbres escravos, meu enredo preso a um flash back
Pra eternidade, até onde levarem minhas tracks
A vontade como perde, até a última dose de jack
Sem remoção, sem cheque, sem eliminatórias
Refém da pele, presidiário das minhas memórias
Histórias que não se contam, apenas se perpetuam
Como um sample, essa é minha jungle
notas que se tatuam
Eu vou ficar com você
Até depois eu
Vou ficar com você
Até o amanhecer
Eu vou ficar por aqui
Até depois da passagem
Eu vou ficar pra depois
Da eternidade
Em espécie sem condição, sulcos vulgares
Que despertam outra noção, me levam a outros lugares
Se tornam aptidão, despertam apetite nos vermes
Vivendo à margem, infindável na minha epiderme
Acordes flutuam, acorde no meio de julgamento
Onde o júri é o mundo e o tribunal é aqui dentro
Ser o réu, meu papel, diante de tantos juízes
Dando minha cara a tapa, mostrando minhas cicatrizes
Sem crise, essas sempre foram minhas escolhas
Eu decidi, eis me aqui, como tela pinga em folha
Minha própria sela, onde pincela novidade em cores
Fazer música, deixar rubricas esses são meus valores
Gravadores em atividade, máquinas registradoras
Que registram, me eternizam, como se fossem impressoras
Desenhos no tempo, e raízes na nossa história
Nas paredes do meu templo, arte rupestre dessa oratória
Na minha trajetória, como estudos arqueológicos
De um futuro distante, o bastante em dados cronológicos
Assim como símbolos cortantes sobre melanina e cútis
Caracteres em estigmas, dedicatória em loops
Dádiva compulsória, obrigatória aos meus legados
Levar comigo, para a cova, os meus significados
Deixar pro mundo meu semblante
mais do que a embalagem
Manter vivo meu espírito, eterno, igual tatuagem
Eu vou ficar com você
Até depois eu
Vou ficar com você
Até o amanhecer
Eu vou ficar por aqui
Até depois da passagem
Eu ficar pra depois
Da eternidade
issa paz - visão externa da caverna
Oito horas da manhã na luz subterrânea
onde o gado se conduz de forma espontânea
Se carrega, segunda, sexta se entrega
Ego, ferve leva, alter ego enxerga
Superego cega, acerta a rota aperta
Quem persiste nega ou concorda ou dispersa
veta, quem é que não vai se iludir
O mundo é mato e só quem é vai resistir
Só quem vive isso aqui, presencia
Sangue escorre dos tetos, na sua sala vazia
Prende
Ainda não aprende
Quem faz o mundo é a gente
A gente
Sente, carpetes compete em meio a lama
Champanhe italiana quantos litros derrama
Drama turgia, letargia fatal
Escorre das veias de mais um carnaval
Parece que na prece me livrei da caverna
E enxergo outro mundo aqui fora sem lanterna
visão externa sentido figurado explícito
Conflito corrosivo, tornando meu ar ilícito
sem foco se Sufocam, sem cura, glaucoma
Sem direção sem chão, sem armadura, em coma
Morrendo sem condição, sem sentir o sintoma
Busca por libertação não reside nesse Bioma
Na goma, vapor, função, funciona
Das lata Da nata aos frasco de acetona
Insônia, demonstra, não existe outro lugar
Nada se perde Quando não se tem o que ganhar
O luar acompanha, hoje a lua sangra
E eu vagando na solidão, dessa imensidão tamanha
salvação habita entre os nichos dos meus verso
Que pacífica, "passa e fica como o universo"
issa paz - exército de athena
Difícil entendimento, destorce a percepção
De 90 que não chega a uma conclusão
Da onde vem, pra onde vão quem foram quem são
Trabalho escravo, salário de retençãoConclusão, sobra espaço pra pouca reflexão
Reflito, logo existo, conflitos de solução
Já que se veta a banda, pelas preta e pelas branca
Minha caneta branda, denuncia quem comanda
Rima que arranca, lança cidade caótica
Espanca na autópsia do verbo à semiótica
Derrubando mcs que criam letras sinóticas
Ideologia gótica, pra mente neorótica
tá achando exótica? vim pra derrubar conceitos
Paredes muros, cimento, um murro no preconceito
É a voz que liberta, vai na mente e desperta
É o terror, é o horror das princesinha de aba reta
Arte completa, vai te acerta, sem que peça
Quem se favorece se cresce sob conversas
Não sou a modelo que queriam no patrocínio
Sou seu pior pesadelo atiço seu raciocínio
Extermino, ratos criados em condomínio
Que vivem em domínio de um papel alumínio
Assassino, quem me faz passar tamanha vergonha
Que acha que rap é bombeta, buceta e maconha
Sonha, sem procedimento não se alcança
Sem ideologia, a mesma ideia me cansa
Sem amor... sem sentimento
Sem ardor, maquinado a favor do aquecimento
Pelo abastecimento em massa de mentes vazias
Conduzido à caça, como presa inofensiva
Minha ação terrorista, contra o estado, estratagema
Meu rap é problema injeção letal no sistema
Quebra de algema, rebelião intravenosa
Energia plena, revolução em verso e prosa
Sou do exército de atena, reação perigosa
Rima pesada que condena, em ação periculosa
Compromisso herdado milênio em subversão
Versos submersos universo em propulsão
Hora da'ção, periferia em congruencia
Não me visto de swag me visto de resistência
Pé sujo de lama, chão da viela em reboque
Atitude marginal que deixa as paty em choque
Molotov em chamas, bandera negra em pauta
Treinamento mental com emiliano zapata
Verme de farda, e os fascista bebendo salton
Nunca sentirão o que adquiri de proudhon
Sou bakunin da favela, sequela no quartel
Vim pra quebrar a cela, desastre pro coronel
Exército de atena não gela não volta
Exército de atena atropela não solta
Exército de atena sequela sua escolta
Rima plena entra em cena, a favela revolta
Cds issa paz á Venda