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Shana Müller
moço, irmão, companheiro e paisano
Moço se tenho sedeNão fico olhando as nuvens à espera da chuva
Cavo um poço e bebo a àgua nas mãos
Irmão se tenho fome
Não fico a rondar o celeiro
Vou à luta, dou mãos ao arado
E me alimento dos frutos que nascem do chão
Companheiro se tenho um protesto, não esmoreço
Digo logo o que quero no palco, na praça para ser verdadeiro
Paisano se amo, não me retiro ao suspiro
Abro meus braços, afago, morro e proclamo a beleza de quem amo
Eu bebo a água nas mãos, como os frutos que planto
Digo o que penso, digo o que penso
E a quem amo, amo tanto!
Eu bebo a água nas mãos, como os frutos que planto
Digo o que penso, digo o que penso
E a quem amo, amo tanto!