MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
toranja - adormecido
No cenário da tua vida
Aclamas noites alucinantes
De gentes estonteantes
Que são tanto como tu
No teatro do teu olhar
Há quem note que a coragem
Não passa de uma miragem
Com preguiça de gritar
No repetir do teu mostrar
Inventas-te uma história
Que em ti não há memória
Porque sabes que não é tua...
Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar...
Continuas a ensaiar
A conveniência do sorriso
O planear do improviso
Que te faz sentir maior
No artifício dos teus gestos
Pensas abraçar o mundo
Quando nem por um segundo
Te abraças a ti mesmo
E assim vais vivendo
E assim andando aí
E assim perdendo em ti
Tudo aquilo que nunca foste...
Por alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar
Quando um dia acordares
Numa noite sem mentira
E te vires onde não estás
Vais querer voltar para trás.
Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar
toranja - anjo perdido
Mais uma noite esquecida..
O tempo que não passa mais.
Um pedaço de ti dentro da fumaça.
Que o abraço é o teu abraço.
Que a noite é um poema que te oiço cantar.
Rima a tua voz entre versos no ar,
entre miragens de nós e medos de voar.
Vem voar, meu anjo perdido...
Teu anjo perdido.
Vi-te parar.
Brilha a cantar, Princesa de tudo...
Que tudo faz-te voar!
Mais um shot de wishky.
Enraizar a amizade, que o meu amigo é o wishky.
Confundo a saudade, escondo do ar.
És tu o poema que ouço cantar.
Sinto a tua voz sorrir a chorar,
entre miragens de nós e medos de voar.
Vem voar, meu anjo perdido...
Teu anjo perdido.
Vi-te parar.
Brilha a cantar, Princesa de tudo...
Que tudo faz-te voar!
Vem voar...
Vem voar...
Vem voar...
Sem medos de tentar, sem medos de perder,
sem medos de ganhar, sem medos de sofrer!
Nunca te vi voar!
Nunca te vi voar!
Nunca te vi voar!
Vem voar...
Vem voar...
Vem voar...
toranja - cada vez mais aqui
Queres lutar com quem?
P'ra doer aonde? P'ra ser o quê?
Achas que ninguém vê?..
E p'ra que fingir?
Porquê mentir e remar na dor?
Achas que ninguém vê?..
Também eu queria parar...
chorar... cair...
p'ra me levantar, p'ra te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...
Nao me olhes assim,
continuo a ser quem fui!
Cada vez mais aqui...
Não dances tão longe,
que eu já te vi...
Também eu queria parar...
chorar... cair...
P'ra me levantar, p'ra te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...
toranja - carta
Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...
Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...
...nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.
toranja - casca
Continuamos a tratar da casca
Continuamos a moldar a casca
Continuamos a remar de costas
E a provar águas quase mortas
A viver ruas já pisadas
A levar pedras já usadas
Num saco meio roto
Num saco meio morto
Tentamos não manchar a casca
P'ra fazer brilhar a casca
Tentamos não parar de costas
Tentamos não falhar respostas
Que nunca nos vejam de fora!!
É para nós que o mundo adora
Passos de dança no chão
É para nós que os olhos olham.
Casca é o tempo que dói,
a janela fechada que estilhaça quando se olha p'ra traz...
Vento é o que bate na cara
É só largar a casca,
Ninguém olha pr'a trás.
Fingimos não pensar na casca
Tentamos perdoar a casca
Separamos bem e mal
Quando se inspira o real
E se queima o que é vida
Mais uma hora despida
Onde águas não escorrem
E mágoas não morrem
Tentamos disfarçar demónios
Por medo desviamos olhos
Por fuga apagamos fogos
Por escudos renascemos novos
Sem rasto esquecemos lábios
Altivos, rastejamos, sábios
Cada vez mais fundo
No buraco do mundo
Com força agarra-se a casca
Que é só o que nos resta
Que o mastro derreteu
Mais, tudo encolheu
Quisemos testar barreiras
E construímos teias
Difíceis de romper
Aqui ficamos presos na...
Casca é tempo que dói
É janela fechada que estilhaça
quando se olha para trás..
Vento é o que bate na cara
É só largar a casca!!
Ninguém olha para trás!
Vento é o que bate na cara
É só largar a casca!!
Não se olha para trás!
toranja - cenário
Noite é querer
É poder
É disfarce
É deixar para trás
E largar
Escuro é esconder
É guardar
É um livro esquecido
É papel para escrever
Há uma janela no rio
Há um monte a tapar
Há vento que entra frio..
E tu a olhar.
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
Festa é gritar
É ganhar
É correr
É fugir demais
... fugir demais...
Há uma janela no rio
Há um monte a tapar
Há vento que entra... frio...
...e tu a olhar...
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
Noite é poder
É querer
É chorar
Em teus braços
Teus olhos
Teus traços
Teus lábios
Meus paços
Em ti eu acabo
Meu fado
É teu fado
Meu fado
É teu fado
... tenta parar
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
Que é mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só pra lembrar
toranja - chaga
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga para lembrar
Que há um fim...
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair eu espero ao menos
Que olhes para trás
Diz que não te afastas
De algo que é tambem teu!
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim...
Vê como eu quero e vou tentar,
Sem matar o nosso amor,
Não achar que o mundo
Ã? feito para nos...
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga para lembrar
Que há um fim...
Duende*
toranja - ciclo
Vem quente
Ã? solta
Forte
Vem bem
Mexer
Provar
Focar
Também
Vem gente
Ã? solta
Forte
Comer
Vazio
Sem cor
Para quem
Quiser
Vem quente
Ã? solta
Forte
Vem bem
Mexer
Provar
Focar
Também
A gente
Ã? solta
Ã? sorte
Quer estar
Sem frio
Sem dor
Para respirar
Mas tudo vem atrás
Tudo vem atrás
Tudo vem atrás
Estou fraco
Humano
A derreter
Há gente
Ã? chuva
Sem sair
Vem quente
Ã? solta
Forte
Sem ver
Que gente
Ã? chuva
Quer nascer
Mas tudo vem atrás
Tudo vem atrás
Tudo vem atrás
Se a mão estende a mão, desenha o corpo que faz viver
O verbo desfaz a cor a mais e a dor é só por ver renascer.
toranja - confiar
Por seres do céu
Por ser para ti.
Talvez o sol te venha ver
Por ser o que eu também senti
O tempo é melhor para nós.
Talvez confiar?
Talvez confiar e esperar um dia sem dor.
Por ser um véu entre ti
Talvez nunca vás mudar
Por nunca querer esquecer um fim
Que teimas lembrar.
Não fui!
Não disse!
Não quis saber de restos de canções de amor.
Que restam em refrões de cor.
Que teimas que te prendam?
Ou talvez confiar!
Talvez confiar?
Talvez confiar e esperar um dia sem dor.
Talvez confiar
toranja - contos
Não posso ser só eu a dar sentido à razão
Vais ter que vir tu e arrancar-me a escuridão
É que ás vezes quem vence fica sempre a perder
Vamos deixar de usar armas no que queremos ser.
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós
Sem mais Contos de embalar.
Não podes ser só tu a dar sentido ao buraco
Se não te queres lembrar do que sentiste no fundo
Agora tens que vir tu saciar-me os segredos
Porque é fácil de mais o que me queres vender.
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós
Sem mais Contos de embalar.
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós
Vais ter que despir o que tenho a mais
Por ver sempre tudo a desconstruir
Por cima da raiz que nunca sai
Que volta a crescer por não parar
Que volta a crescer por ser maior
Voltou a crescer sem avisar!
Sem mais Contos de embalar. (x2)
toranja - copo vazio
Pego no copo vazio que enche o tempo
e invento que há luz.
Não vês o copo vazio por onde fujo
sem ver?
Quem quer sai!
Quem quer sai!
Lá fora a dôr é maior e ninguem quer sair...
Fico no copo vazio onde me lanço,
danço em paz.
Sou como um copo vazio,
ando num resto apagado,
sou como um rasto quebrado,
um rato,
um corpo,
fechado,
parou!
Quem quer sai!
Quem quer sai!
Lá fora a dôr é real e ninguém quer sair...
Lá fora a dor é maior e ninguém quer cair...
Só quem quer.
toranja - doce no chão
Quis ficar com mais um
Doce na mão quando tudo caiu no chão
Quase sem cor rasto da dor e do passo do tempo
Mas a chuva a cair e os restos de ti por baixo do chão
Tentei apanhar mais um doce do chão
P'ra ver o que ficou na mão
Onde tudo chocou, desfeito em palavras e imagens de cor
Que podem sorrir mas que sabem morrer
Por baixo do chão
Quis saber o que foi tão escuro assim
Que em nós só ficou a dor...a dor
Por andar por sair por gritar
Sem saber na hora de partir ou ficar
Quis ficar com mais um doce na mão quando tudo caiu no chão...
toranja - ensaio
Não vês a agonia a escorrer nas paredes
As portas não páram de ranger
É como um corte que entra no tímpano
Não aguento o barulho de dentro
Já não estou só!
Já não estou só eu a ouvir...
Já anda nas ruas!
Já comentam por aí!
Qualquer coisa não está bem...
Fala-se demasiado alto para quem está tão longe...
Fala-se demasiado alto para quem está tão longe...
Mas não tinha que haver pedrada alguém levou por arrasto.
Mas não tinha que haver pedrada alguém levou por arrasto.
A luz continua presa ao tecto
Por mais que se tente tirar
Está alta de mais
Ou encandeia os olhos
Ou queima quando se toca
Parece que sabe queimar
Parece que não tenho janelas
Não entra ar aqui
Não entra ar aqui
Tira a mão quente dos olhos
Tira o frio da frente
Já tenho tão pouca gente para me encontrar
Desata-me os olhos, desata-me a cara
Desata o teu corpo dentro do meu
Tira-me a voz que puseste no tempo
Que não está a querer desistir
De pisar os membros no chão
De arrancar os braços no tecto
Tira-me de mim, vá tira-me de mim
Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...!
Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...!
Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...!
Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...!
toranja - fim
Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo
Guardo um sorriso virado para o mundo
Guardo um sonho que nunca chegou
Na minha casa de paredes caídas
Penduro espelhos cor de prata
Guardo reflexos do canto que mata
Guardo uma arca de rimas perdidas
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...
No mundo onde tudo parece estar certo
Guardo os defeitos que me atam ao chão
Guardo muralhas feitas de cartão
Guardo um olhar que parecia tão perto
Para o país do esquecer o nunca nascido
Levo a espada e a armadura de ferro
Levo o escudo e o cavalo negro
Levo-te a ti... levo-te a ti... levo-te a ti
para sempre comigo...
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.
toranja - fogo e noite
Aconteceu...
E por me teres feito cego
Recordo o sabor da tua pele
E a calor de uma tela
Que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
Enquanto o ar foi cego
Despidos de passados
Talvez de lados errados
Conseguiste me encontrar.
Foi dança,
Foram corpos de aço
Entre trastes de guitarras
Que esqueceram amarras
E se amaram sem mostrar.
Foi fogo
Que nos encontrou sozinhos
Queimou a noite em volta
Presos entre chama à solta
Presos feitos para soltar...
Estava escrito
E o mundo só quis virar
A página que um dia se fez pesada
E o suor
Que escorria no ar
E o calor dos teus lábios
Inocentes mas sábios...
No segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Onde não há ninguém
Dei-te mais...! valeu a pena voar...
Estava escrito...
E a noite veio acordar
A guerra dos sentidos travada no céu
Nem por um segundo largo a mão
Da perfeição do teu desenho
E do teu gesto no meu...
Foi como um sopro estranho...
...aconteceu...
Eras noite em mim,
És fogo em mim.
Eras noite em mim.
Cds toranja á Venda