MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
teresa salgueiro - a batalha
A luz da manhã
Revela, anuncia
Ã? terra, a esperança não é vã
Renasce a cada dia
E o sonho é lugar
Da criação
Vem, longe, um vento agreste
Trazendo outra vontade sem regresso
Sob o céu cinzento, a terra seca
Come é seco o sangue que a manchou
Dos corpos que tombaram, resta o esquecimento
Naqueles cuja razão os ceifou
Em quem lhes deu a vida, a mágoa imensa
O gesto mudo, que já nada alcança,
Ã? o vazio agora, a única presença, e para sempre
O calor do abraço, uma lembrança
Eu posso dizer não
A "matar ou morrer"
A minha direcção é ser
Tenho a minha vontade
Exerço a liberdade
Bastaria começar
E cada um seria mais um
A defender a vida
teresa salgueiro - a espera
Ã? a saudade
Que me transporta
A um lugar de claridade
Que me conforta
Lembranças vagas
De horas perfeitas
Tão distantes
Desfeitas
Pois já não voltam
Mas que me importa?
Eu não me sinto só
Tenho a saudade a meu lado
A minha âncora
O teu sorriso de sol
Todos os pequenos gestos
O sopro de um aguaceiro
A grandeza dos espaços
A partida, um regresso e os abraços
E as lágrimas que se guardaram
Os pés marcados na areia
Um barco que se desprende
E nas ondas serpenteia
Uma estrela que se afasta
Está tudo aqui
Canto a saudade
Canto esta espera
Canto a saudade
Canto a saudade e a espera
Canto a saudade
Canto esta espera
A eternidade
Canto a saudade
Aqui o tempo não me consegue alcançar
Canto a saudade
Canto esta espera
A eternidade
teresa salgueiro - a estrada
Deixei p'ra trás
A terra mãe
Se calhar não vou voltar
Ainda não te encontrei
Só a minha casa
Os passos que dei
Já vai rompendo
A alvorada
E eu não pertenço a ninguem
Sigo esta estrada
Onde começei
A mesma estrada
Que vislumbrei
O horizonte é tão largo
Ã? um nunca capaz
Tudo muda à minha volta
Pareço estar sempre no mesmo lugar
E será que amanhã ainda vou recordar
As promessas que fiz junto ao mar
Será que vou saber quando parar
Cair nos teus braços e enfim descansar.
teresa salgueiro - a fogueira
Dia de Festa
Haja alegria
Ã? este o tempo de celebrar
Juntos iremos em romaria
Agradecer à Virgem Santa
No seu altar
De novo a terra foi generosa
Retribuiu farta colheita
A quem a cuidou
E a partilha justa foi feita
A harmonia recompensa quem trabalhou
E já na eira
Moços e moças
Fazem roda entrelaçados para bailar
Lembrando o sol
Ou uma fogueira
Noite dentro vão cantando
Até madrugar
Rostos alegres risos e palmas
A desgarrada vai começar
O vinho novo desperta as almas
A ironia vai lançando
Farpas no ar mas,
Ninguém se zanga
Tudo é folia
Assim se curam
Os pecados por revelar
E se renasce para um novo dia
Um novo ciclo recomeça
Vamos dançar
La la la la
La la la la la la la
Ã? a dança da fogueira
teresa salgueiro - a fortaleza
Vou encontrar a coragem
Vou atravessar
Vou enfrentar a voragem da cidade
Um céu de nuvens negras, fechadas
Parece negar
Que das maiores tormentas
A luz vai chegar
A fortaleza e a virtude
Que forjei para mim
Não são de ferro ou de fogo
Eu não combato assim
A minha espada, o meu escudo
A minha oração
A minha crença nos versos de uma canção
teresa salgueiro - a máscara
Sempre
As mesmas palavras
Tornadas máscaras
P'ra convencer?te
São ideias vagas
Sobre a verdade
E tu podes perder-te
Desperta
Pois na realidade
Existe a verdade
A palavra mais certa
Mantém sobre o mundo
Um olhar
Profundo
Um olhar sempre alerta
Avança
Atento ao compasso
Ocupa o teu espaço
Um lugar nesta dança
E com paciência
Imprime a urgência
Promove a mudança
Todos somos igualmente sós
Pouco a pouco vais saber quem és
Reparte
O teu pensamento
Escolhe o momento e vai por toda a parte
Mas reflecte bem
Pois pensar também
Deve ser uma arte
As mesmas palavras
Existe a verdade, a palavra mais certa
Vai por toda a parte
teresa salgueiro - a paixão
A minha alma
Sedenta de amor
Viveu num desencanto
Desolador
Até que tu vieste
O teu esplendor
Mudou o meu destino
E tudo ganhou cor
Eu despertei
Descobri a paixão
Uma visão celeste
A imensidão
Tu és para mim o Anjo
Que acalentou
O meu maior desejo
E me elevou
Só um olhar
Entendi.
O meu caminho
Levou-me p'ra ti
Secretamente reconheci
E só num olhar
Entendi quem eras
Deixei-me levar.
teresa salgueiro - a partida
Um dia quando deixar
A minha breve morada
Serei apenas leveza no ar azul
Da madrugada
Suave neblina
Ou espuma do mar
Um instante fugaz?
Não voltarei a sentir
A luz do sol no meu rosto
Nem a frescura das àguas na pele
E tantas coisas que eu gosto
O ar das montanhas
O canto das aves
O cheiro da terra
Eu só queria dizer
Que agradeço e me abandono
Tenho o amor que me ensina a viver
Enquanto espero o Outono
Só quem amei me acompanha
Me ampera
Só o amor ficará
teresa salgueiro - amanhã
Amanhã, vou acender uma vela da muchimba
Amanhã, levo para os meus santos flores de acácias
Amanhã, peço p'ra toda gente que me estima
Amanhã, peço p'ro novo dia que virá
(amanhã)
Amanhã,
Peço ao meu lema que faça com que eu volte
A morar na terra amada que me viu nascer
Quero chegar de madrugada
Para ver o sol raiar
Quero chegar de madrugada, hoo
P'ra ninguém ver, se eu chorar (bis)
Vou andar por aí com o meu violão
Vou à motamba, tomo um machibombo qualquer
"Porr ma curia a naqui"
Sou igual a toda a gente
Na linha da terra nova
Só páro lá no Mossamgui
Com a minha gente entre mufete e conversa [mim]
E de madrugada, com Catambi com Tambuita [mim]
Zag, zag, zag, zag
Zanga-zuzi até cair ...
Aiuehh..
Que é que vai fazer amanhã meu irmão?!
Amanhã, vou acender uma vela da muchimba
Amanhã, levo para os meus santos flores de acácias
Amanhã, peço p'ra toda gente que me estima
Amanhã, peço p'ro novo dia que virá
(amanhã)
Amanhã,
Peço ao meu lema que faça com que eu volte
A morar na terra amada que me viu nascer
Quero chegar de madrugada
Para ver o sol raiar
Quero chegar de madrugada, hoo
P'ra ninguém ver, se eu chorar (bis)
Vou andar por aí com o meu violão
Vou à motamba, tomo um machibombo qualquer
"Porr ma curia a naqui"
Sou igual a toda a gente
Na linha da terra nova
Só páro lá no Mossamgui
Com a minha gente entre mufete e conversa [mim]
E de madrugada, com Catambi com Tambuita [mim]
Zag, zag, zag, zag
Zanga-zuzi até cair ...
teresa salgueiro - ando entre portas
Solidão,
Branca loucura
Amarga ilusão
Que me tortura
Eu caminho às cegas sem saber
A qual das portas vou bater
Há-de haver uma saída
Um sinal de luz na minha vida
Vou abrindo as portas
Quero ver
O horizonte que estão a esconder
Ainda hesitei
Quase dormente,
Há um mundo imenso à minha frente
Vou ter que saber por onde ir
Vou ter que escolher
Vou ter que partir
Não vou voltar atrás não vou
Sequer olhar p'ra trás
Não vou
Vou com a certeza
Já não há regresso aqui
Desato a tristesa
Soltei as amarras
Leve como num sonho eu vou
Sem regresso
Sem amarras
teresa salgueiro - ausência
Voltei de novo ao cais
Lembrei a despedida
O teu olhar tão triste
A minha voz contida
Não sei dizer adeus
Estou presa à tua imagem
Rogo a Deus e aos céus
(Que) seja breve a viagem
Encontro a tua ausência
Em todos os lugares
E colho a tua essência
Nas coisas mais vulgares
Será que és constante
Ã?s juras que fizeste
Ou por um só instante
De todo me esqueceste?
Já sequei o meu pranto
Calei o meu lamento
Mas vou contando as horas
Ã? espera de encontrar-te
Diz-me que não demoras
Diz-me que não é tarde
teresa salgueiro - avec le temps
Avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
on oublie le visage et l'on oublie la voix
le cÅ?ur, quand ça bat plus, c'est pas la peine d'aller
chercher plus loin, faut laisser faire et c'est très
bien
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
l'autre qu'on adorait, qu'on cherchait sous la pluie
l'autre qu'on devinait au détour d'un regard
entre les mots, entre les lignes et sous le fard
d'un serment maquillé qui s'en va faire sa nuit
avec le temps tout s'évanouit
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
mêm' les plus chouett's souv'nirs ça t'as un' de
ces gueules
à la gal'rie j'farfouille dans les rayons d'la mort
le samedi soir quand la tendresse s'en va tout' seule
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
l'autre à qui l'on croyait pour un rhume, pour un rien
l'autre à qui l'on donnait du vent et des bijoux
pour qui l'on eût vendu son âme pour
quelques sous
devant quoi l'on s'traînait comme traînent
les chiens
avec le temps, va, tout va bien
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
on oublie les passions et l'on oublie les voix
qui vous disaient tout bas les mots des pauvres gens
ne rentre pas trop tard, surtout ne prends pas froid
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
et l'on se sent blanchi comme un cheval fourbu
et l'on se sent glacé dans un lit de hasard
et l'on se sent tout seul peut-être mais peinard
et l'on se sent floué par les années perdues- alors
vraiment
avec le temps on n'aime plus
teresa salgueiro - cântico
Oculta contemplo
A graça da tua figura
Secreta, calada
Vou compondo um chamamento
Vem comigo ver a noite de luar
O firmamento
O brilho das estrelas, de todos os astros
Em movimento
Quisera eu
Imitar a sua dança, o seu encanto
Desnudar a minha esperança
Vê
No jardim o orvalho fresco já beijou
Todas as flores
Os frutos
Derramam um perfume encantador
Vibrantes cores
Ã? já manhã
Vem por entre o arvoredo
Escutar o canto das aves
O doce segredo
Distante miragem
Do teu olhar um leve aceno
Quando não te tenho junto a mim
Todo o meu corpo é um deserto
Vem
Quero ouvir o som da tua voz
Suave torrente
Vê a Levante
O oásis que desponta
Vamos provar o néctar das romãs
Beber das fontes
E oxalá
Possam vir as minhas mãos a ser o bálsamo
P'ra sarar as tuas feridas
teresa salgueiro - caruso
Qui dove il mare luccica
E tira forte il vento
Su una vecchia terrazza
Davanti al golfo di surriento
Un uomo abbraccia una ragazza
Dopo che aveva pianto
Poi si schiarisce la voce
E ricomincia il canto
Te voglio bene asaie
Ma tanto tanto bene sai
E una catena ormai
Che scioglie il sangue dint'e vene sai
Vide le luci in mezzo al mare
Penso alle notti in la América
Ma erano solo le lampare
E la bianca scia di una elica
Senti il dolore nella musica
Si alzo dal pianoforte
Ma quando vide la luna
Uscire da una nuvola
Gli sembro dolce anche la morte
Guardo negli occhi la ragazza
Quegli occhi verdi come il mare
Poi all'improvvisso usci una lacrima
E lui credette di affogare.
Te volglio bene assaie
Ma tanto tanto bene sai
E una catena ormai
Che scioglie il sangue dint'e vene sai
Potenza della lirica dove
Ogni dramma e un falso
Che con un po' di trucco e con la mimica
Puoi diventare un altro
Ma due occhi che ti guardano
Cosi vicini e veri
Ti fan scordare le parole
Confondono y pensieri
Cosi diventa tutto piccolo
Anche le notti la in america
Ti volti e vedi la tua vita
Come la scia di un' elica
Ma si e la vita che finisce
Ma lui non ci penso poi tanto
Anzi si sentiva gia felice
E ricomincio il suo canto.
Te voglio bene assaie
Ma tanto tanto bene sai
E una catena ormai
Che scioglie il sangue dint'e vene sai
teresa salgueiro - chovendo na roseira
Olha
Está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Luiza, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém
Pétalas de rosas espalhadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento
Olha! Um tico-tico mora ao lado
E, passeando no molhado
Adivinhou a primavera
Olha
Que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra
Que enche o rio
Que limpa o céu
Que traz o azul
Olha
O jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta se lança em vasto rio de águas
calmas
Ah! Você é de ninguém
Ah! Você é de ninguém...
Cds teresa salgueiro á Venda