MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
palmeira e luizinho - capital federal
Vendi a minha boiada
Passei a mão no dinheiro
Peguei a minha muié
E fui pro Rio de JaneiroFui conhecer a cidade
Como um bom brasileiro
Cidade maravilhosa
Mais linda do mundo inteiro
Vi tanta coisa bonita
Beleza de admirá
E fui num barco a motor
Na ilha de Paquetá
E nesse lindo passeio
Vi os navio navegá
E vi o Pão de Açúca
Lá na beirada do mar
No morro do Corcovado
O Cristo Onipotente
Fica de braços aberto
Sempre oiando pra gente
E eu tive no Catete
Que eu guardo sempre na mente
Vi o palácio onde mora
O nosso bom presidente
Eu e a minha muié
Corremo todos os lugá
E só depois de dez dia
Nóis resorvemo vortá
Hoje eu falo bem arto
Eu posso me ouguiá
Pois se morrê já conheço
A capitar federá
palmeira e luizinho - baile na tuia
Minha moçada
Hoje é aleluia
E nóis vai fazê
Um baile na tuia
E nóis vai fazê
Um baile na tuia, ai, ai
Eu tô avisando
O arraiá inteiro
Quero muita moça
E um sanfoneiro
Quero muita moça
E um sanfoneiro, ai, ai
Escorei a tuia
Pra não balançá
E o assoaio embaixo
Já mandei carçá
E o assoaio embaixo
Já mandei carçá, ai, ai
Não precisa medo
Se o baile esquenta
Pode inté pulá
Que a tuia aguenta
Pode inté pulá
Que a tuia aguenta, ai, ai
Peço pras moça
Pra levá suas cuia
Pra bebê guarapa
No baile da tuia
Pra bebê guarapa
No baile da tuia, ai, ai
palmeira e luizinho - cavalo preto
Tenho meu cavalo preto
Por nome de Ventania
Um laço de doze braça
Do couro de uma novia
Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Eu sou um caboclo forgado
Ai, eu não tenho famía
No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pra outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
No Triângulo Mineiro
Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei por um boi carreiro
Tenho dois pelego grande
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de corchão
E outro de travesseiro
Com a minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro
Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu este destino
E muitas felicidade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - véspera de natal
Todo mundo me pergunta
Por que sou tão triste assim?
Por que deixei que a tristeza
Tomasse conta de mim?Eu digo em poucas palavras
Pra quem quiser me escuitar
Foi que me aconteceu
Numa véspera de Natár
Eu tinha ido na vila
Mantimento fui comprar
Depois vortei lá pro rancho
Pra festejar o Natár
E quando entrei no ranchinho
Não encontrei a muié
Pois ela tinha fugido
Com um caboclo quarqué
Abriu-se a porta do quarto
E vi sair meu filhinho
Trazia o pobre inocente
Na mão o seu sapatinho
Passou por mim sem me vê
E foi de pé ante pé
Ponhou o sapato na porta
Pro tar de Papai Noé
Que quadro triste pra mim
Que dor que eu suportei
Meu peito não arrebentou
Só por causa que eu chorei
E todo ano esta data
Que é véspera de Natár
Eu me fecho no meu quarto
Pra ninguém me ver chorar
palmeira e luizinho - baixão de serra
O baião da Serra Grande
Já não ouves minha amada
Hoje vives no asfalto
E a casinha aqui do alto
Já não é nossa morada
Aqui tão perto do céu
Já não há felicidade
Este triste trovador
Que já foi o teu amor
Hoje chora de saudade
Não se escuta mais na serra
O cantar da juriti
Tudo é triste nesta terra
Porque a minha bem amada
Já não mora mais aqui
Se um dia te cansares
Dessa vida fantasia
Eu te espero meu benzinho
Ali no mesmo caminho
Que esperava todo dia
Tua presença aqui na serra
Sempre peço a Deus que mande
Tudo ficará contente
Cantaremos novamente
O baião da Serra Grande
palmeira e luizinho - baldrama macia
Comprei um caco chapeado
E uma baldrama macia
Um cochinilho dos branco
Pra minha besta ruzia
Peitoral de argolinha
E uma estrela que brilha
Fui dar um passeio em Tupã
Só pra ver o que acontecia
E quando entrei na cidade
Com a besta toda enfeitada
O povo todo da rua
Parava em pé na calçada
E as muié que passava
Oiavam admirada
No meio delas vi uma
Que me prendeu numa oiada
Que morena tão bonita
Nunca vi muié assim
Pra onde eu me virava
Via ela oiá pra mim
E eu vendo aquela flor
Parecida com jasmim
Eu pensei comigo mesmo
Vou levá pro meu jardim
Eu andei mais um pouquinho
E da besta me apeei
E chegando perto dela
Lindas coisas eu falei
Ela então me arrespondeu
Se é por causa que eu oiei
Vancê tá muito enganado
Foi da besta que eu gostei
Vancê tá muito enganado
Foi da besta que eu gostei
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - boi penacho
Vamo boiada
Não deixe o carro pará
Puxa na guia Penacho
Que lá no riacho nóis vai descansá
Vamo boiada
Não deixe o carro pará
Puxa na guia Penacho
Que lá no riacho nóis vai descansá
Meu carro é de cabriúva
Cabeçaio de araçá
Eu fiz o eixo de piúva, oi, ai
Canga de jacarandá
Encosto a carro na lenha
Carrego inté onde dá
Arrocho bem arrochado, oi, ai
Pra lenha não escorregá
Vamo boiada
Não deixe o carro pará
Puxa na guia Penacho
Que lá no riacho nóis vai descansá
Vamo boiada
Não deixe o carro pará
Puxa na guia Penacho
Que lá no riacho nóis vai descansá
Trabaio com quatro junta
Todos eles sabe puxá
Na guia tenho o Penacho, oi, ai
Boi que só falta falá
E quando o dia amanhece
Não precisa campeá
Eu grito lá na porteira, oi, ai
Os oito vem me encontrá
Dou a ração de rastoio
Grito pros bois se arrumá
Penacho é o primeiro, oi, ai
A percurá seu lugá
Solto o meu carro na estrada
E deixo o carro rodá
E pra alegrar o meu gado
Eu fico de lado e começo a cantá
Vamos boiada
Não deixe o carro pará
Puxa na guia Penacho
Que lá no riacho nóis vai descansá
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - boiadeiro triste
Toco a boiada pro lado da serra
Na estrada larga beirando o capão
E os fortes cascos batendo na terra
Vão levantando a poeira do chão
Na frente o guia vai sempre atencioso
Toca a buzina chamando atenção
Pra disfarçar meu trabalho penoso
Eu vou cantando esta triste canção
Eu sou um boiadeiro triste
A minha canção ninguém resiste
Quando numa noite enluarada
Eu canto esta canção pra minha amada
A lua vai beijando a verde mata
Ouvindo a minha triste serenata
Onde eu acampo em alguma pousada
Deixo a boiada no campo pastando
Só volto à vida bem de madrugada
Junto a boiada e vou caminhando
Como é bonito o despontar da aurora
O galo canta alegrando o terreiro
E a passarada sobre a verde flora
Canta comigo a canção do boiadeiro
Eu sou um boiadeiro triste
A minha canção ninguém resiste
Quando numa noite enluarada
Eu canto esta canção pra minha amada
A lua vai beijando a verde mata
Ouvindo a minha triste serenata
palmeira e luizinho - burro picaço
Comprei um burro picaço
De três ano mais ou meno
Na hora de dá o recibo
O tropeiro foi dizendo
Cuidado com esse macho
Esse bicho tem fama de ser perigoso
Por ter matado um peão
O nome do burro ficou criminoso
Joguei o lombilho no burro
O macho se estremeceu
Apertei a barrigueira
O meu burrão se encolheu
Sentei em riba do couro
O povo de perto de medo correu
Mas, qual o quê minha gente
Pagão que me aguente ainda não nasceu
Tosei a crina do burro
Na sistema meia lua
Pra cortar uma légua e meia
Meu criminoso nem sua
Pra varar uma tranqueira
Passá uma porteira por riba ele avoa
Faz eco por todo o lado
No passo picado nas pedras da rua
Eu já vi burro ligeiro
Mas igual este ainda não
Enjeitei cinco pacote
Do filho do meu patrão
Gosto muito de dinheiro
Cinco mir cruzeiro no leva o machão
E pra falar com franqueza
Não existe riqueza que compre o burrão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - cachorro sultão
("Quando perdi a muié
Sofreu meu coração
Eu vendi tudo que tinha
E me arribei pro sertão
Levei comigo o fiinho
Espingarda e munição
E o meu cachorro lobo
Que era chamado Sultão
Ao precisar certo dia
De comprar mais munição
Deixei o fio no rancho
Com o cachorro Sultão
Despois de fazê a compra
Tive uma parpitação
Eu lembrei que não deixava
O que comê pro Sultão")
Voltei pro rancho correndo
Caindo pelo caminho
Pra ver se ainda salvava
O meu filho queridinho
Me parecia estar vendo
Lá dentro do meu ranchinho
O Sultão louco de fome
A devorar meu filhinho
Ao chegar perto do rancho
Com a porta escancarada
O Sultão ensanguentado
Veio a mim em disparada
Levantei a espingarda
Atirei sem pensar nada
O Sultão deu um latido
E caiu morto na estrada
Dentro do rancho, meu filho
Me chamou e chorou comigo
Me mostrou uma onça morta
Pelo Sultão, seu amigo
O meu engano cruel
Eu até hoje maldigo
Matei o pobre Sultão
Matei o meu grande amigo
palmeira e luizinho - chão de minas
Eu comprei passagem pra seguir destino
Na Rede Mineira fui pra Ouro Fino
Fiquei recordando o tempo de menino
Que eu acompanhava as festas do Divino
Passei Pouso Alegre quando o trem apita
Daí a pouco tempo cheguei em Santa Rita
Tive em Itajubá, cidade bonita
Que é do sul de Minas o cartão de visita
De Boa Esperança fui pra Campo Belo
De cristais de rocha e topázio amarelo
São João Del Rei tem ouro singelo
E tem sua história tempo do castelo
Gostei de Curvelho e também de Corinto
Lá de Montes Claros saudades eu sinto
Em Sete Lagoas, juro que não minto
Fiquei encantado, seu povo é distinto
Em Três Corações eu fiz serenata
Cássio e Guaxupé, Lagoa da Prata
Em Poços de Caldas fiz uma cantada
Também viajei na zona da mata
Eu gostei da zona, Triângulo Mineiro
Tem moça bonita e tem muito dinheiro
Onde de arreune todos os zebuzeiro
Pra mostrar o gado campeão brasileiro
Em Juiz de Fora ninguém tem fadiga
Terra de progresso, seu povo que o diga
Passei Diamantina, Vargem e Formiga
Na velha Ouro Preto de igrejas antiga
Nesta minha moda que ninguém se apronte
Eu gostei da terra do Santos Dumont
Que não é preciso que ninguém me conte
Que o seu coração é Belo Horizonte
palmeira e luizinho - chica morena
Vou pedir perdão a Deus
Pelo mal que um dia fiz
Mereço ser castigado
Eu não posso ser feliz
Pra morta Chica Morena
A fia do seu Simão
Que hoje sinto remorso
Dentro do meu coração
Eu era mais meu irmão
Dois violeiro arrespeitado
Nas festa da redondeza
Nóis era sempre chamado
E foi numa dessas festa
Chica Morena eu vi
Gostei tanto da marvada
Que nem sei o que senti
Mas ela não deu valor
No amor deste caboclo
A Chica por ser bonita
Do rapaz fazia pouco
Meu irmão teve mais sorte
Por ser mais moço que eu
Os agrado da cabocla
Foi ele que mereceu
(â??E eu fiquei enciumado
Com essa situação
E criei ódio de morte
Na moça e no meu irmão
E o tempo foi passando
E a situação piorava
De vê os dois tão feliz
Meu coração se apertava
E foi na saída de um baile
Chica Morena esperei
E um punhal bem afiado
No seu peito encravei
Suas últimas palavras
Foi o nome de João
Era o nome do seu noivo
O saudoso meu irmãoâ?)
Meu irmão chegou correndo
Da garrucha ele puxou
Mas em vez de me atirá
Ele mesmo se matou
Este quadro doloroso
Até hoje eu tô vendo
E senti tanto remorso
Pouco a pouco vou morrendo
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - fandangueiro
O meu nome é Parmera
Meu irmão chama Luizinho
Eu canto moda campeira
Com muita alma e carinho
Eu tenho um cavalo preto
E tenho um burro picaço
Eu não troco a minha vida
Pela vida boa de quarqué ricaço
Eu sou um fandangueiro
Juro que não sou gabola
Nunca rejeitei parada
No braço desta viola
Quando eu entro num pagode
No salão ninguém me amola
Se alguém fica mais engraçado
Em cada braçada é quatro que rola
Das morena dos meus pago
Muito suspiro eu arranco
Gosto de fazê bonito
Quando amonto num potranco
Carco as espora no bicho
Encosto ele no barranco
Boto a moça na garupa
E saio macio sem dá solavanco
Sou gaúcho de Pelotas
O meu irmão é mineiro
Eu tenho uma charqueada
Que me dá muito dinheiro
Meu irmão também trabaia
Ã? peão de mulambeiro
Mas na hora do fandango
Aqui tá dois peito que são brasileiro
Mas na hora do fandango
Aqui tá dois peito que são brasileiro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - joanico do sertão
Joanico era um rapaz
Crescido sem proteção
E foi ele apelidado
Joanico do Sertão
Fazendeiro criador
No Triângulo Mineiro
Gostou muito do Joanico
Para ser peão boiadeiro
Joanico entrou com sorte
Que vocês não imagina
Conquistou logo o patrão
E sua filha Josefina
Joanico e Josefina
Viviam como dois irmão
Ele era muito jeitoso
Ela era mesmo um pirão
Joanico ganhou um presente
Dado pelo seu patrão
Era um boizinho zebu
Pretinho como um carvão
Joanico ficou contente
Cheio de satisfação
Batizou logo o boizinho
Com o nome de Trovão
O Trovão cresceu depressa
Ficou um lindo exemplar
Numa exposição bovina
Ganhou o primeiro lugar
Numa tarde bem tristonha
Quando do Trovão tratava
Josefina teve um fim
Que ninguém não esperava
Todo mundo ouviu um grito
Lá dentro do mangueirão
Era um gemido de dor
Que dava inté compaixão
Joanico sem demora
Sartou lá no mangueirão
Pra salvar a sua amada
Da fúria do boi Trovão
Ele também foi varado
Pelo chifre do animar
Ficando ali os dois sem vida
Morto no mesmo lugar
E o pai de Josefina
Mandou matar o Trovão
Vingando a morte da filha
E do Joanico do Sertão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - mágoa escondida
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Vou-me embora e levo comigo
Somente um amigo, o meu alazão
Também levo uma mágoa sentida
Que vai escondida no meu coração
Vou-me embora e levo comigo
Somente um amigo, o meu alazão
Também levo uma mágoa sentida
Que vai escondida no meu coração
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Vou-me embora já tô resorvido
Mas vou bem sentido com uma pessoa
O motivo não posso falá
Eu sinto é deixá esta gente tão boa
Vou-me embora já tô resorvido
Mas vou bem sentido com uma pessoa
O motivo não posso falá
Eu sinto é deixá esta gente tão boa
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Cds palmeira e luizinho á Venda