MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
miúcha - querelas do brasil
Querelas do Brasil
O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapi, jabuti, liana, alamandra, alialaúde
Piau, ururau, aquiataúde
Piau, carioca, moreca, meganha
Jobim akarare e jobim açu
Oh, oh, oh
Pererê, camará, gororô, olererê
Piriri, ratatá, karatê, olará
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil tá matando o Brasil
Gereba, saci, caandra, desmunhas, ariranha, aranha
Sertões, guimarães, bachianas, águas
E marionaíma, ariraribóia
Na aura das mãos do jobim açu
Oh, oh, oh
Gererê, sarará, cururu, olerê
Ratatá, bafafá, sururu, olará
Do Brasil S.O.S. ao Brasil
Tinhorão, urutú, sucuri
O Jobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, cordovil, Caxambi, olerê
Madureira, Olaria e Bangu, olará
Cascadura, Água Santa, Pari, olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, olará
Do Brasil S.O.S. ao Brasil
Do Brasil S.O.S. ao Brasil
miúcha - a dor a mais
Foi só muito amor
Muito amor demais
Foi tanta paixão
Que o meu coração, amor
Nem soube mais
Inventei a dor
E como ela nos doeu
Ah, que solidão, buscar perdão
No corpo teu
Tanto tempo faz
Tens um outro amor,
Eu sei
Mas nunca terás
A dor a mais
Como eu te dei
Porque a dor a mais
Só a paixão
Com que eu te amei
miúcha - a mesma rosa amarela
A Mesma Rosa Amarela
Você tem quase tudo dela
O mesmo perfume
A mesma cor, a mesma rosa amarela
Só não tem o meu amor
Mas nestes dias de carnaval
Para mim você vai ser ela
O mesmo perfume, a mesma cor
A mesma rosa amarela
Mas não sei o que será
Quando chegar a lembrança dela
E de você apenas restar
A mesma rosa amarela
A mesma rosa amarela
miúcha - águas de março
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, minho
Resto, toco, oco, inho
Aco, vidro, vida, ó, côtche, oste, ace, jó
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
miúcha - ai, quem me dera
Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai, quem me dera ver morrrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor
Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim
miúcha - amei tanto
Nunca fui covarde
Mas agora é tarde
Amei tanto
Que agora nem sei mais chorar
Vivi te buscando
Vivi te encontrando
Vivi te perdendo
Ah, coração, infeliz até quando?
Para ser feliz
Tu vais morrer de dor
Amei tanto
Que agora nem sei mais chorar
Nunca fui covarde
Mas agora é tarde
É tarde demais enfim
A solidão é o fim de quem ama
A chama se esvai, a noite cai em mim
miúcha - anos dourados
Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
miúcha - assentamento
Quando eu morrer, que me enterrem na
beira do chapadão
- contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração
Tôo
(apud Guimarães Rosa)
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora
miúcha - aula de matemática
Pra que dividir, sem raciocinar?
Na vida é sempre bom multiplicar
E por a mais b eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Ah...
Por uma fração infinitesimal
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram
Desaparece a fração
E se achamos a unidade
Está resolvida a questão
Pra finalizar
Vamos recordar
Que menos por menos dá mais amor
Se vão as paralelas ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto dois corações a se integrar?
Pois se desesperadadamente
Incomensuravelmente
Eu estou perdidamente apaixonado
Apaixonado
Por você
miúcha - beauty and the beast
Sentimentos são fáceis de mudar
Mesmo entre quem não vê que alguém
Pode ser seu par
Basta um olhar
Que o outro não espera
Para assustar
E até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera
Sentimento assim
Sempre é uma surpresa
Quando ele vem
Nada o detém
É uma chama acesa
Sentimento assim
Para nos trazer
Novas sensações, doces emoções e um novo prazer
Sentimentos vem para nos trazer
Novas sensações, doces emoções e um novo prazer
E numa estação
Como a primavera
Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera
Sentimentos são
Fáceis de mudar
Mesmo entre quem não vê que alguém
Pode ser seu par
Basta um olhar
Que o outro não espera
Para assustar
E até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera
Para assustar
E até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera
miúcha - cabrochinha
Ô cabrochinha venha ver quem chegou
Chegou no bico do sapato o seu mulato ?flozo?
Bota um vestido curto, aquele justo lilás
Que tem um corte do lado e um recorte atrás
Dei sorte na loteca, uma merreca pintou
Repara só na beca que o teu nego comprou
Vou te levar pra jantar, cabrochinha dessa vez
Num restaurante frances
Mas s?il vous plait, o ?mercie? garçon
Leva o menu que eu não entendo lhufas
Eu vou pedir esse Don Perrignon
Um scargot e um filet com trufas
Depois daquela sobremesa que flamba
A gente volta pro samba
A gente encerra o glamour
No fim da noite um bangalô, penhoir e um abajour
Pra gente fazer l?amour
(l?amour toujour)
miúcha - cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado permaneço atento
Na arquibancada pra, a qualquer momento,
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
miúcha - canção de nós dois
Tudo quanto na vida eu tiver,
Tudo quanto de bom eu fizer,
Será de nós dois,
Será de nós dois.
Uma casa num alto qualquer,
Com um jardim e um pomar se couber,
Será de nós dois,
Será de nós dois.
E depois, quando a gente quiser,
Passear, ir pra onde entender,
Não importa onde agente estiver,
Estaremos a sós.
E depois quando a gente voltar,
O menino que a gente encontrar,
Será de nós dois,
Será de nós dois.
E de noite quando ele dormir,
O silencio do tempo a fugir,
Será de nós dois,
Será de nós dois.
E por fim, quando quando o tempo fugir,
E a saudade nos der de nós dois,
E a vontade vier de dormir,
Sem ter mais depois.
Dormiremos sem medo nenhum,
Pois aonde puder dormir um,
Podem dormir dois,
Podem dormir dois,
Podem dormir dois.
miúcha - canção inédita
Dentro do seu coração
Guarde esta canção inédita
Que num cantinho intocado
Será pra sempre inédita
Pode tudo consumir
O tempo que passa feroz
Mas esta valsa há de deixar pra nós
Fiz uma canção discreta
Só para você
Ninguém pode saber da letra
Que você lê
A música você desfruta
Os ouvintes não
Penetra a orelha e sai por outra
Cada refrão
Se outro amor surgir um dia, a valsa perde o ar
Definha
Mas se você descabeladamente me esperar
Sozinha no breu
Pé ante pé
Abra aos poucos o coração
E deixe
Ecoar nossa canção
E feche
Venha ouvir a valsa oca
Em primeira mão
Que a luva distraída toca
No violão
O público não acredita
Crítico não crê
Na inédita canção escrita
Só pra você
Se você beijar um outro, pode se partir
A valsa
Mas se roendo-as-unhasmente me quiser ouvir
Descalça no breu
Pé ante pé
Abra o peito bem devagar
E deixe
Sete notas a vibrar
E feche
Guarde numa caixa preta
A tímida canção
No fundo falso da gaveta
Do coração
É valsa pra se ouvir por dentro
Pra se ouvir a sós
Pra não se dissipar ao vento
Com minha voz
Com minha voz
Com minha voz
Com minha voz
miúcha - carta ao tom
Rua nascimento silva, cento e sete
Você ensinando prá elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
Rua nascimento silva, cento e sete
Eu saio correndo do pivete tentando alcançar o elevador
Minha janela não passa de um quadrado, a gente só vê sérgio dourado
Onde antes se via o redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com a natureza
É melhor lotear o nosso amor
Cds miúcha á Venda