ardil 22 - dinheiro
Dinheiro...
Eu devo ao meu amigo
Uma festa do caramba
De presente uma orquestra
Tocando rock samba
Eu devo ao meu amor
Férias em Honolulu
Com motel na praia
E banho de sol nu
Mas eu devo ao bicheiro, ao padeiro, ao agiota
E quanto mais eu devo eu me sinto um idiota
Eu devo ao porteiro. eu devo ao meu cunhado
Eu devo o que não ganho
Eu devo pra caralho
Dinheiro
Devo não nego e não pago!
Eu devo a empregada
Uma cozinha americana
Um quarto com TV
Que nem em casa de bacana
Eu devo ao meu filho
Um carro importado
Não precisa ser um novo
Só não pode ser roubado
Mas eu devo uma fortuna no banco e no cartão
Só ando no vermelho, com um pires na mão
Eu devo ao jornaleiro, eu devo o meu salário
Eu devo a minha vida, eu devo pra caralho!
Dinheiro
Devo não nego e não pago!
ardil 22 - festa no puteiro
Madrugada fim de noite, 3 ou 4 de bobeira
Perguntei que dia é hoje, responderam: sexta-feira
Não tem mulher na parada, vam pra casa com tesão
O maluco mais tarado, nos bateu a solução
REFRÃO
Hoje tem festa, hoje tem festa no puteiro
Não precisa ser bonito, só precisa ter dinheiro
Isso aqui é o paraíso, mano sente só o clima
Quanta calça cavadinha, olha os peito dessa mina
Mas também tem mulher feia, quer colar na minha fita
Sai pra lá troço esquisito, só como mulher bonita
REFRÃO
Hoje...
Mas tem mano que alucina, quase cai em armadilha
Eu já tive um parceiro, quis casar, criar família
E se lombra no salário, a gente tem a solução
Se não aceita pré-datado, então passa no cartão
REFRÃO
Hoje...
Dia amanhece finalmente
O atraso foi tirado em diversas posições
Papai-mamãe e frango assado
O sol clareia, o pescoço cheio de batom vermelho
Eu tô na boa, eu tô feliz
Eu nem me tranco no banheiro
REFRÃO
Hoje...
ardil 22 - infinito
Uma conversa, um desabafo, um amor
Exposto em rosto não tão conhecido
Tudo é dúvida, tudo é solidão
A tua doce lembrança me deixa louco
Mesmo com você, eu morro um pouco
Todas as doses são salgadas
Como o suor que corre, do teu corpo
Não me conheço, não me entendo
Não sei porque, mas estou sofrendo
De que me importa, se eu tento
Se não é este o nosso momento
A tua doce lembrança me deixa louco
Mesmo com você, eu morro um pouco
Todas as doses são salgadas
Como o suor que corre, do teu corpo
Tanto tempo faz, que a gente não se fala
Quando se cala, fica pouco tempo pra nós dois
Todas as viagens, eu te quero comigo
Então vem, (pra onde?) vem junto pro infinito
Se você é minha loucura,
Eu não pretendo te esquecer
Faça de mim o que quiser,
Eu estou aqui, pro que der e vier...
ardil 22 - o discreto charme da solidão
Tem nuvens que cobrem estrelas
Só não escondem a dor que sinto
Tem dias que tenho vontade
De tomar o mundo num copo de whisky
Por desespero bato a porta
E grito por Deus
Mas ninguém me ouve
Só a solidão dos seus olhos negros
Se no retrato ainda vejo você
Agora me sinto sozinho
Eu já fumei um maço e meio
E não encontrei o caminho
São seis horas da manhã
E nem sei se dormi
Por favor por medo de sofrer
Tudo que eu sofri
Por que que eu não morro
E me mando daqui
Por que estou de pé
Deus eu já sei que caí
Por que que eu não morro
E me mando daqui
Por que estou de pé
Deus eu já sei que caí
ardil 22 - sem título
Quase chorei, por pouco não gargalhei
Me feri, me embriaguei, quando percebi
Que esperando a tanto tempo
Meio louco, meio atento
Não te vi sempre ao meu lado
Sempre juntos, sempre separados
Eu e você...
Sempre quis sentir teu abraço
Teu beijo doce, frio, meio amargo
Sussurrando em meus ouvidos
Palavras obscuras, obscenas
De ódio e de paixão
De vida boa, vida em vão
Mas de repente eu te descobri
E não quero mais sair
Com você não...
Meu próximo suspiro, vai ter que ser de prazer
Tô querendo mais mil anos, prá essa vida louca entender
Sinto muito mas, não é a hora, eu quero vida, eu quero sorte
Não vai dar pra ir contigo agora, sinto muito minha linda dama
Linda morte...
Meu último suspiro , vai ter que ser de prazer
Tô querendo mais zil anos, pra essa porra louca entender
Sinto muito mas, não é a hora, eu quero vida, quero sorte
Não vai dar pra ir contigo agora, sinto muito minha linda dama
Linda morte...
Minha linda dama da morte...