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Cesar Oliveira & Rogério Melo
romaria dos pirilampos
Sempre que morre um campeiro uma flor brota do chãoDo fundo da escuridão, surge uma luz fogoneira
Ã? um gaúcho que renasce no facho de um pirilampo
Coloreando o breu dos campos com sua aura campeira
Coloreando o breu dos campos com sua aura campeira
Quando a tarde ferra o sono no colo das sesmarias
Eles saem em romaria recorrendo as invernadas
Velando a paz das ovelhas e serpenteando entre o gado
Vão imitando o bailado dos aguapés, nas aguadas
(Nem a lua sai do quarto quando acendem-se os candieiros
Dos gaudérios pirilampos
Pra que as almas dos campeiros, sarandeiem pelos campos) Bis
Quem pensa que a vida acaba se engana no pensamento
Pois a morte é um nascimento de uma nova existência
E os que jazem campereando, entregam o corpo pra o campo
E a alma à um pirilampo, pra iluminar a querência
E a alma à um pirilampo, pra iluminar a querência
Quem nasce pra ser gaúcho e cavalgar pelo pampa
Jamais se prende a uma campa nem se acostuma no chão
E após o pealo divino retornará, com certeza
A sarandear, de alma acesa, pelos confins do rincão
Pra que as almas dos campeiros, sarandeiem pelos campos